sábado, 21 de janeiro de 2012

Participação excessiva da mulher na vida social do homem pode estar ligada à disfunção erétil


Eles também tendem a perder o desejo e o interesse pelas parceiras

RIO - Homens cujas namoradas se dão muito bem com seus amigos sofrem na cama, afirmam cientistas. Um estudo realizado pela Cornell University descobriu que homens mais velhos que passam a maior parte de suas vidas sociais ao lado das parceiras são mais propensos a sofrer de disfunção erétil.

O fenômeno foi apelidado de "parceira de intermediação" - quando a parceira está sempre entre o homem e seus amigos. Cerca de 25% dos homens pesquisados passam pelo problema.

-Homens que convivem com uma 'parceira de intermediação' nas relações amorosas são mais propensos a ter problemas para obter ou manter uma ereção e também costumam ter mais dificuldades em atingir o orgasmo durante o sexo - comentou em entrevista ao "Daily Mail" Benjamin Cornwell, que realizou o estudo com Edward Laumann, da Universidade de Chicago.

Explica-se. Os cientistas dizem que esse tipo de relação míngua a sensação de autonomia e privacidade, que são centrais no conceito tradicional de masculinidade. Eles afirmaram que mulheres que tentam administrar a vida social do marido também podem vir a acumular problemas para si mesmas.

Os pesquisadores americanos também descobriram que homens que não têm muito tempo livre para passar com seus próprios amigos podem se sentir menos atraídos pelas parceiras. E disseram que não há nada de errado com a esposa fazer a maior parte da organização de suas atividades sociais conjuntas - já que as mulheres tendem a ser mais organizadas.

Mas eles afirmam que reduzir o contato com os amigos ao ponto de toda a socialização ser feita em conjunto pode ser perigoso. E sugerem que as mulheres devem encorajar seus maridos a passar mais tempo sozinhos com os amigos homens.

- A questão chave é se esse comportamento das mulheres reduz o contato dos homens com seus amigos enquanto aumenta o delas - por exemplo, se ela altera a programação dele ao ponto de seu contato com os amigos ocorrer cada vez mais no contexto de jantares com amigos - acrescentou o Professor Benjamin Cornwell, da Cornell University.

Os estudiosos analisaram dados do Projeto Nacional de Vida Social, Saúde e Envelhecimento, uma pesquisa de 2005 com três mil pessoas em Chicago, com idade entre 57 e 85 anos.

Edward Laumann, professor de sociologia da Universidade de Chicago, completou:

- O homem precisa ter alguém para conversar sobre as coisas que importam para ele - seja futebol, política, carro ou qualquer outro tema de seu interesse ou mesmo preocupação que ele queira dividir com os amigos

O Globo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Brasileiros gastaram mais de R$ 290 milhões na compra de calmantes entre 2007 e 2010


Remédios para tratar distúrbios de ansiedade são os controlados mais vendidos no Brasil

Um levantamento feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta que calmantes foram os remédios controlados mais vendidos no Brasil entre 2007 e 2010. O investimento dos brasileiros nesses medicamentos, se considerado o preço máximo ao consumidor e a menor faixa de imposto (12%) aplicável, chega a R$ 292,2 milhões.

Os dados integram a segunda edição do Boletim do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Segundo o documento, os ansiolíticos Clonazepam, Bromazepan e Alprazolam foram as substâncias controladas mais consumidas pela população brasileira no período.

Usados no tratamento dos distúrbios da ansiedade, esses medicamentos ocuparam, durante todo o período analisado, as três primeiras posições de venda. Só em 2010, foram vendidas cerca de 10 milhões de caixas do medicamento Clonazepam — o primeiro da lista. O segundo mais comercializado foi o psicotrópico Bromazepan, com 4,4 milhões de unidades vendidas, seguido pelo medicamento Alprazolam, que registrou 4,3 milhões de unidades.

O SNGPC tem a finalidade de subsidiar ações de vigilância sanitária nos diferentes níveis decisórios e contribuir com o uso saudável de medicamentos no país. Os dados apresentados no Boletim são obtidos por meio da escrituração eletrônica dos medicamentos sujeitos a controle especial, realizada por mais de 40 mil farmácias e drogarias cadastradas em todo o Brasil.

bem - estar

Entidades protestam contra maus-tratos a animais em 24 Estados


Diversas ONGs e entidades de proteção dos animais devem realizar no próximo domingo (22) uma manifestação contra maus-tratos praticados a animais. Em São Paulo, o evento acontecerá na avenida Paulista, em frente ao Masp, a partir das 10h.

De acordo com os organizadores, o evento deverá acontecer ainda em outras 170 cidades brasileiras, além das cidades de San Diego, Miami e Nova York, nos Estados Unidos. Os horários e locais dos eventos nas demais cidades pode ser visto no site do evento.

O principal objetivo do protesto é reivindicar penalização mais efetiva para quem comete crueldade contra animais. Protetores independentes também são esperados no evento.

Em São Paulo, os manifestantes pretender sair em passeata após a concentração, em direção a rua da Consolação. Não deverá haver, no entanto, a presença de cães e gatos durante a manifestação. De acordo com os organizadores, a restrição acontece para evitar tumultos e o desgaste dos animais.

MAUS-TRATOS

Anteontem, a Polícia Civil concluiu o inquérito que apurava os maus-tratos praticados contra um cachorro da raça yorkshire em Formosa (GO). O cão morreu em decorrência dos ferimentos. A dona dele, uma enfermeira de 22 anos, foi indiciada sob suspeita de maus-tratos.

Na semana passada, uma mulher foi detida na zona sul de São Paulo sob suspeita de matar mais de 30 cães e gatos. Os animais foram encontrados mortos dentro de sacos de lixo em uma calçada. Um investigador viu a mulher colocar os sacos no local. Ela foi solta após ser ouvida.


Folha OnLine

Advogado diz que falsa grávida devolverá doações


Ele confirmou nesta sexta-feira que mulher não esperava quadrigêmeos

O advogado de Maria Verônica Aparecida César Santos, que dizia estar grávida de quadrigêmeos, afirmou nesta sexta-feira (20) que sua cliente vai devolver as doações que recebeu quando dizia estar esperando as crianças.

Segundo Enilson de Castro, as doações que não tenham identificação de quem as fez serão redoadas para uma instituição de caridade.

Marido pode responder por mentira
...Na última quarta-feira (18), o delegado-geral da Polícia Civil, Marcos Carneiro Lima, afirmou ao R7 que Maria Verônica, só responderá criminalmente se alguém que se sentiu lesado pela falsa história prestar queixa contra ela. Ainda assim, explica o delegado, a polícia vai avaliar se é uma questão criminal ou civil.

- A mentira por si só não crime, mas se prejudicar outras pessoas é. Por exemplo, se ela pediu auxílio financeiro para alguém por causa da suposta gravidez e ficar provado quem deu o dinheiro, essa pessoa pode pleitear seu direito.

Já o marido de Verônica pode responder por falsidade ideológica, pois ele registrou um boletim de ocorrência no qual confirma a gravidez. A pena para o crime pode chegar a quatro anos de prisão, de acordo com Lima.

- A policia entrou no caso porque o marido foi se queixar de um jornalista que a estaria perturbando. Ao dar a informação, ele afirmou que a mulher está grávida. Se não for verdade, ele pode responder por falsidade ideológica.

Falsa gravidez


Castro confirmou na tarde desta sexta que a mulher não está grávida. Segundo o defensor Enilson de Castro, que assumiu o caso nesta madrugada, Maria está fortemente abalada, mas ele ainda não conseguiu conversar com ela para saber o motivo que a levou a mentir.

De acordo com Castro, Verônica vai passar por um tratamento psicológico.

Ainda segundo o advogado, a barriga que Verônica exibia como sendo dos quadrigêmeos era na verdade uma estrutura montada com borracha e pedaços de tecido.

R7

Médicos americanos revisam diagnóstico de autismo


Mudanças importantes propostas por pesquisadores médicos para a definição de autismo vão reduzir drasticamente o número de pessoas diagnosticadas com o distúrbio e ainda tornar mais difícil classificar pacientes que não satisfazem os critérios para obter os serviços educacionais e sociais previstos como auxiliares no tratamento. A definição médica de autismo está sob revisão por um painel de especialistas nomeados pela Associação Americana de Psiquiatria, que vai concluir os trabalhos para a quinta edição do Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais. O DSM, como o manual é conhecido na sigla em inglês, é referência-padrão para a definição de transtornos mentais, a condução do tratamento, a pesquisa e as decisões sobre seguros de saúde.

Os resultados do estudo ainda são preliminares, mas oferecem a estimativa mais recente de como apertar os critérios para o diagnóstico do autismo, afetando drasticamente a taxa de pacientes com esta classificação. Índices de autismo e desordens mentais relacionadas, como a síndrome de Asperger, têm decolado para as alturas, desde o início de 1980, ao ponto de uma em cada cem crianças receber o diagnóstico. Muitos pesquisadores suspeitam que esses números são inflados por causa da indefinição nos critérios atuais.

_ As alterações propostas põem um fim à epidemia de autismo _ avalia o médico Fred R. Volkmar, diretor do Centro de Estudos da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale e um dos autores da revisão. _Gostaríamos de cortar o mal pela raiz.

Especialistas trabalharam na nova definição questionando fortemente as estimativas do número de pacientes dos distúrbios relacionados ao autismo.

_Eu não sei como as instituições estão recebendo esses números tão elevados _ afirmou a médica Catherine Lord, membro da força-tarefa trabalhando no diagnóstico.

Projeções anteriores concluíram que muito menos pessoas seriam excluídos com a mudança de diagnóstico proposta, segundo o Dr. Lord, diretor do Instituto de Desenvolvimento do Cérebro, um projecto conjunto do NewYork-Presbyterian Hospital, do Weill Cornell Medical College, do Columbia University Medical Center e do New York Center for Autism.

Pelo menos um milhão de crianças e adultos já têm um diagnóstico de autismo ou de um distúrbio relacionado a ele, como a síndrome de Asperger (ou "transtorno invasivo do desenvolvimento, não especificado de outra forma"). As pessoas com Asperger têm algumas dos mesmos distúrbios sociais das pessoas com autismo, mas não satisfazem totalmente a definição médica para autismo. A alteração proposta agora iria consolidar todos os diagnósticos sob uma categoria, a de transtorno do espectro do autismo, eliminando a síndrome de Asperger do manual psiquiátrico. De acordo com os critérios atuais, uma pessoa pode se qualificar para o diagnóstico através da exibição de seis ou mais de um total de 12 comportamentos. Nos termos da definição proposta, a pessoa teria que exibir três déficits de interação social e deomunicação e pelo menos dois comportamentos repetitivos _ um cardápio bem mais estreito.

O Dr. Kupfer avalia que as mudanças propostas pela Sociedade de Psiquiatria são uma tentativa de esclarecer essas alterações e colocá-las sob um único nome. Centenas de milhares de pessoas recebem apoio do Estado pelos serviços especiais para ajudar a compensar os efeitos dos transtornos incapacitantes, que incluem problemas de aprendizagem e de interação social, e o diagnóstico é, em muitos aspectos, fundamental para suas vidas. Redes de pais estão unidas por experiências comuns com as crianças, e os filhos, também, podem crescer para encontrar um sentido de sua própria identidade em sua luta com o transtorno.

Mary Meyer, de Ramsey, New Jersey, disse que o diagnóstico de síndrome de Asperger foi crucial na obtenção de ajuda para sua filha. O acesso aos serviços ajudaram-na tremendamente.

_ Estou muito preocupado com a mudança no diagnóstico, porque eu me pergunto se minha filha sequer qualificaria para receber ajuda agora _ disse ela. _ Ela é sobre a deficiência, que é parcialmente baseado no de Asperger, e eu estou esperando para levá-la para habitação de apoio, que também depende de seu diagnóstico.

Mark Roithmayr, presidente da Autism Speaks, uma organização de defesa de pacientes, acha que o novo diagnóstico proposto deve trazer a clareza necessária, mas que o efeito sobre os serviços ainda não está claro.

_ Precisamos acompanhar atentamente o impacto dessas mudanças de diagnóstico sobre o acesso aos serviços de saúde e garantir que a ninguém está sendo negado serviços de que necessita _ disse o Sr. Roithmayr. _ Alguns tratamentos e serviços são movidos unicamente por diagnóstico de uma pessoa, enquanto que outros serviços podem depender de outros critérios como idade, QI ou história médica.

Na nova análise, o Dr. Volkmar trabalhou juntamente com Brian Reichow e McPartland James, ambos na Universidade de Yale. Eles usaram dados de um estudo de 1993 de grande porte que serviu de base para os critérios atuais. Eles se concentraram em 372 crianças e adultos que estavam entre o mais alto funcionamento e descobriram que, acima de tudo, apenas 45% deles se qualificariam para o diagnóstico do espectro do autismo proposto, agora em análise. O foco em um grupo de alto funcionamento pode ter exagerado um pouco essa porcentagem, isto os autores reconhecem.

A probabilidade de ser deixado de fora sob a nova definição depende do diagnóstico original. Cerca de um quarto das identificadas com autismo clássico em 1993 não seria identificada com base nos novos critérios propostos. Cerca de três quartos das pessoas com Asperger não se qualificariam; e 85% das pessoas com outros distúrbios associados estaria fora da nova classificação.

As conclusões preliminares da revisão foram apresentadas pelo Dr. Volkmar esta semana. Agora, os pesquisadores vão publicar uma análise mais ampla, com base em amostra maior e mais representativa de mil casos. O dr. Volkmar disse que, embora o novo diagnóstico proposto seja para distúrbios de espectro mais amplo, ele incide fortemente sobre "pacientes classicamente definidos como autistas", crianças na extremidade mais grave da escala. Segundo o médico, o maior impacto da revisão recai sobre aqueles que são cognitivamente mais capazes.

O Globo

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Preconceito social faz famílias afegãs criarem meninas como meninos


Quando Azita Rafhat, uma ex-parlamentar afegã, prepara as suas filhas para a escola de manhã, ela veste uma delas de forma diferente.

Três meninas usam roupas brancas e cobrem seus rostos com véus. Mas Mehrnoush, a quarta menina, veste terno e gravata. Na rua, Mehrnoush não é mais uma menina, e sim um rapaz chamado Mehran.

Azita Rafhat não teve filhos homens, e para evitar as provocações que famílias assim sofrem no Afeganistão, ela tomou a decisão radical de mudar a criação de Mehrnoush.

Esse tipo de atitude não é incomum no país. Existe até mesmo um termo – Bacha Posh – para meninas que são vestidas como garotos.

"Mesmo que você tenha uma boa posição no Afeganistão e está bem de vida, as pessoas veem você de forma diferente (se não tiver um filho homem). Elas dizem que a sua vida só é completa se você tem um filho", diz Azita.

Sempre houve preferência por meninos no Afeganistão, por motivos tanto econômicos quanto sociais.

O seu marido, Ezatullah, acredita que ter um filho é um sinal de prestígio e honra.

"As pessoas que nos visitavam sempre diziam: 'Oh, lamentamos que vocês não têm um filho.' Então imaginamos que seria uma boa ideia vestir nossa filha assim, já que ela também queria."

Economia


Muitas meninas vestidas de rapazes andam pelas ruas no Afeganistão. Algumas famílias optam por esse caminho para permitir que elas consigam empregos em lugares públicos, como em mercados, já que mulheres não podem trabalhar na rua.

Em alguns mercados de Cabul, um grupo de meninas, com idade entre cinco e 12 anos, se apresenta como meninos e vende água e chiclete. No entanto, nenhuma quis dar entrevista sobre o assunto.

A tradição não dura por toda a vida. Aos 17 ou 18 anos, as jovens voltam a assumir uma identidade feminina. Mas essa mudança não é nada simples.

Elaha mora em Mazar-e-Sharif, no norte do Afeganistão. Ela viveu como menino por 20 anos, porque sua família não tinha filhos homens. Apenas há dois anos, quando entrou na universidade, é que ela passou a se vestir como mulher.

No entanto, ela ainda não se sente totalmente feminina. Alguns de seus hábitos não são típicos de garotas, e ela diz que não pretende se casar.

"Quando eu era criança, meus pais me vestiam de menino porque eu não tinha um irmão. Até recentemente, vivendo como menino, eu saia para brincar com outros garotos e tinha mais liberdade."

Contra sua própria vontade, ela voltou a viver como mulher, e diz que só aceitou voltar porque se trata de uma tradição social. No entanto, ela se diz revoltada com a forma como as mulheres são tratadas pelos seus maridos no Afeganistão.

"Às vezes, eu tenho vontade de me casar e bater no meu marido, só para compensar a forma como as outras mulheres são tratadas em casa."

História comum

Atiqullah Ansari, diretor da famosa mesquita de Mazar-e Sharif, diz que a tradição é parte de um apelo que se faz a Deus.

As famílias que não têm filhos homens vestem as meninas assim como forma de pedir a Deus por um bebê homem.

Mães que não têm filhos homens visitam o templo de Hazrat-e Ali para fazer o pedido a Deus.

Ansari conta que de acordo com o Islã, as meninas que vivem como garotos precisam cobrir o rosto quando amadurecem.

No Afeganistão, histórias assim têm se tornado cada vez mais comuns. É comum pessoas conhecerem parentes ou vizinhos que já passaram por isso.

Fariba Majid, que dirige o Departamento de Direitos da Mulher da Província de Balkh, diz que ela própria já passou por isso, e quando era criança era chamada pelo nome masculino de Wahid.

"Eu era a terceira filha na minha família, e quando nasci, meus pais decidiram me vestir de menino", afirma.

"Eu podia trabalhar com meu pai em sua loja ou até mesmo ir para Cabul para comprar coisas para a loja."

Ela disse que a experiência a ajudou a ganhar confiança e permitiu que ela chegasse onde está hoje.

Segredo

A própria ex-parlamentar Azita Rafhat, mãe de Mehrnoush, também já passou por isso.

"Deixe-me contar um segredo", ela afirma. "Quando eu era criança, eu vivi como garoto e trabalhava com meu pai. Eu tive a experiência tanto do mundo masculino quanto feminino, e isso me ajudou a seguir uma carreira com ambição."

A tradição existe a séculos no Afeganistão. De acordo com o sociólogo Daud Rawish, de Cabul, isso pode ter começado durante períodos de guerra no passado, quando mulheres eram vestidas de homens para poderem ajudar a combater os inimigos.

Mas nem todos toleram esse tipo de tradição. O diretor da Comissão de Direitos Humanos da Província de Balkh, Qazi Sayed Mohammad Sami, disse que a prática é uma violação de direitos fundamentais.

"Nós não podemos mudar o gênero de alguém só por um tempo. Isso é contra a humanidade", afirma ele.

A tradição teve efeitos devastadores em algumas meninas, que sentem um conflito de identidades e acreditam ter perdido parte fundamental de suas infâncias.

Para outras, a experiência foi positiva, já que elas tiveram liberdades que nunca exerceriam, caso tivessem sido criadas apenas como garotas.

BBC Brasil

Vídeo mostra homem agredindo crianças em rua de Campo Grande


Agressor teria sido chamado de homossexual e ficou revoltado

Imagens exibidas pela Rede Record mostram um homem agredindo crianças com tapas na cara próximos a uma praça de Campo Grande, zona oeste do Rio.

De acordo com testemunhas, alguns alunos de uma escola do bairro teriam chamado o agressor de homossexual. Revoltado, ele reuniu um grupo de alunos que nada tinham a ver com a agressão verbal e começou a bater nos estudantes.

A mãe de uma das crianças, que não quis se identificar, ficou revoltada com a agressão e disse que a sensação é de muita raiva.

- Dá vontade de pegar ele e socar, mas não devemos fazer justiça com as próprias mãos.

R7

Rio recolhe 35 pessoas em cracolândia no Jacarezinho


Usuários foram encontrados no entorno da linha do trem

Em mais uma operação de combate ao crack e de retirada de população em situação de rua, agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social acolheu nesta quinta-feira (19) 35 pessoas no Jacarezinho, na zona norte do Rio.

Rio recolhe mais de 3.000 usuários de crack

Segundo a secretaria, durante a ação, nenhum dependente químico foi encontrado na da linha do trem, local onde geralmente permanecem os usuários de drogas naquele local.

Todos os que foram levados - 29 adultos e seis crianças e adolescentes - estavam no entorno do local conhecido como cracolândia.

Os agentes tiveram o apoio de de 40 policiais do Batalhão do Méier (3º BPM), além de agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). No local, foram apreendidas facas e material para consumo de crack e endolação de drogas.

Após o processo de identificação na polícia, todos os acolhidos serão encaminhados para as unidades de abrigamento da Rede de Proteção Especial do município. A secretaria informou que os adultos vão para o abrigo de Paciência, na zona oeste, e as crianças e os adolescentes para a Central de Recepção Carioca, no centro.

Os menores que forem identificados com alto grau de dependência química serão conduzidos para tratamento em uma das quatro unidades de abrigamento compulsório.

R7

Quase cem são internados durante operação na Cracolândia


PM prendeu ao menos 128 pessoas e recapturou 43 foragidos da Justiça.
Operação na região do Centro de São Paulo começou no dia 3 de janeiro.


Ao menos 99 pessoas foram internadas e 358 foram encaminhadas para hospitais e serviços de saúde desde o início da operação na Cracolândia, no Centro de São Paulo, no dia 3 de janeiro. Ao todo, agentes de saúde fizeram 2.189 abordagens de dependentes químicos e outros na região até a tarde desta quinta-feira (19), segundo balanço divulgado pelo governo do estado.

A Polícia Militar já realizou 6.550 abordagens na região, sendo que 128 pessoas foram presas e 43 foragidos foram recapturados. Foram apreendidas 10,4 mil pedras de crack na operação, o equivalente a 3,5 kg da droga. Junto com apreensões de maconha e cocaína, foram recolhidos 62,1 kg de entorpecentes.

Ao menos 1.459 moradores de rua na região, que inclui bairros como Luz e Santa Cecília, foram enviados para abrigos. Os agentes sociais abordaram 2.215 pessoas desde o início da operação. A Prefeitura retirou 128,3 toneladas de lixo da área até a tarde desta quinta.

Mais de 5.300 pessoas passaram por atendimento nos serviços sociais da Prefeitura, na região da Cracolândia. Dessas, 261 também foram encaminhadas para atendimento em saúde.

Na manhã de quarta (18), a Prefeitura de São Paulo iniciou a demolição de seis imóveis na região da Cracolândia. Eles ficavam no quarteirão das ruas Dino Bueno e Helvétia e corriam risco de desabar, de acordo com a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras.

A secretaria disse que os imóveis haviam sido invadidos por usuários e traficantes de drogas e estavam condenados.

Nesta quinta, agentes faziam a limpeza do local onde foram demolidos os casarões.


G1

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Primeira banda de meninas de Mianmar desafia a censura e os pais


Grupo ultrapassa os limites da aceitação no país de sociedade conservadora

Com coreografia sensual e figurino provocante, a primeira banda feminina de Mianmar ultrapassa os limites da aceitação nesse país de sociedade conservadora.

Porém, quando os seus pais telefonam para perguntar por que elas não chegaram em casa às 22h00, as cinco integrantes da banda logo voltam a ser filhas respeitosas.

— Estamos vivendo duas vidas diferentes — disse Lung Sitt Ja Moon, filha de um ministro batista, conhecida no palco como Ah Moon. — Nós fazemos o que queremos no palco e depois vamos para a casa dos nossos pais.

A banda se chama "Me N Ma Girls", uma brincadeira com "Mianmar Girls". Elas estão enfrentando pais conservadores, a censura do governo e namorados que acham ultrajante que elas subam no palco com roupas tão indecentes.

— Tentamos ao máximo ser sensuais, mas não além da conta — diz Wai Hnin Khaing, outra integrante da banda.

Mianmar, antes conhecido como Birmânia, está renascendo após anos de ditadura militar e isolamento. Há rumores de que o comitê de censura, que veta músicas, notícias e filmes, será abolido. À medida que o país se aproxima política e culturalmente da Ásia convencional, a arte sancionada pelo governo e os sarongues tradicionais, usados na altura dos calcanhares, estão sendo colocados em xeque pela perspectiva de um entretenimento, roupas e estilos de vida mais inspirados no Ocidente.

— As pessoas acham que uma garota não é normal se ela estiver usando algo muito sensual — disse Ah Moon, cujo pai, que é pastor, ainda é contra a escolha de carreira da filha. — Eles acham que ela não é uma menina séria.

As integrantes da Me N Ma Girls, todas com vinte e poucos anos, costumam chegar aos ensaios vestidas com roupas tradicionais. Os shorts de jeans e tops com os quais ensaiam atrairiam olhares de reprovação nas ruas de Yangon.

As integrantes da banda não se consideram rebeldes. Todas as cinco concluíram a graduação: Química, Zoologia, Matemática, Russo e Ciência da Computação. Elas estão explorando uma tendência da geração mais jovem de Mianmar, hoje presente especialmente nas áreas urbanas, de abraçar a cultura pop ocidental, mesmo que sob o prisma da cultura birmanesa.

A Me N Ma Girls lançou seu primeiro álbum no mês passado. Desde então, as garotas ficaram ainda mais conhecidas no país, tendo feito uma série de espetáculos em Yangon nas últimas semanas.

A banda é criação da dançarina e designer gráfica australiana Nicole May, que chegou a Mianmar há três anos e fez uma parceria com um birmanês, Moe Kyaw. Ele foi o primeiro a financiar a iniciativa.

May escolheu cinco garotas entre 120 candidatas que responderam a um anúncio para uma banda chamada Tiger Girls, que procurava atitude e carisma.

— Eu queria cinco meninas que tivessem energia e magnetismo — contou ela.

Mas as vencedoras não tinham a aparência sul-coreana que Moe Kyaw buscava, com pele clara e corpos esbeltos de manequins de vitrine de loja.

— Eu fiquei decepcionado — disse ele ao responder perguntas por e-mail. — Eu não achava que elas tinham a aparência de uma banda feminina de sucesso.

Moe Kyaw disse que inicialmente concordou por acreditar que as meninas tinham talento e a aparência não era tudo.

— Isso foi na época da Susan Boyle — disse ele, lembrando a cantora escocesa, pouco atraente, cuja apresentação em um show de talentos britânico virou mania na Internet.

Mas ele mudou de ideia. Há aproximadamente um ano, os parceiros se separaram. As garotas acompanharam May e mudaram o nome da banda para Me N Ma Girls.

A ideia de uma banda só de meninas é novidade no país, assim como o trabalho conjunto entre empresários ocidentais e músicos birmaneses, disse Heather MacLachlan, professora de Música da Universidade de Dayton e autora de um livro recente, "Burma's Pop Music Industry: Creators, Distributors, Censors" ("A Indústria da Música Pop na Birmânia: Criadores, Distribuidores, Censores").

A banda canta sobre amor, decepções afetivas e situações de encontro entre meninos e meninas que podem ser bem vistas em outras culturas pop, mas que causam irritação numa sociedade em que os filhos vivem com os pais até o casamento.

No clipe de uma música chamada "Festival", as garotas dançam numa boate e dão um mergulho em uma piscina. Elas espiam por sobre os óculos escuros enquanto cantam versos sugestivos: "Hey, you! Are you happy? You want some?" ("Ei, você! Tá feliz? Tá a fim?").

"Eu nunca vi meninas se comportarem dessa forma, nunca" escreveu MacLachlan por e-mail, referindo-se às garotas birmanesas.

Em outros países, há músicos pop que são afetados pelo abuso de drogas, pela perseguição dos paparazzi e por se envolverem em escândalos sexuais. As Me N Ma Girls têm problemas diferentes. Costuma faltar energia elétrica em um dos lugares onde elas ensaiam, e surgem goteiras no teto durante o período de chuvas. Os censores expressam várias objeções à banda: as garotas foram proibidas de usar perucas coloridas no ano passado. "Dar gorjeta" aos censores ajuda no processo.

O reconhecimento da banda (as meninas apareceram em revistas e em perfis na mídia birmanesa) ainda precisa se traduzir em sucesso financeiro.

A mãe de Wai Hnin Khaing ganha a vida vendendo salada de porco nas ruas. Cada prato que vende custa 200 kyat, cerca de 25 centavos de dólar.

Lalrin Kimi, que atende por Kimmy no palco, cresceu em um vilarejo montanhoso, próximo à fronteira com a Índia, em uma área que sofre com a fome e com uma praga de ratos que comem arroz. Ela vive com os irmãos em Yangon e ganha a vida cantando em bares e restaurantes.

Seu pai desaprovou sua decisão de se juntar à banda.

— Ele queria que eu cantasse apenas músicas gospel — diz ela.

As garotas sonham alto.

— Quero que a banda seja famosa e mundialmente reconhecida — disse Su Pyae Mhu Eain, graduada em Zoologia, conhecida como Cha Cha. — Quero que a banda chegue a Hollywood!.

As experiências pessoais de Cha Cha inspiraram uma música sobre um término de relacionamento, destacando o refrão "Você é um mentiroso". O clipe da música foi gravado em Bangkok no ano passado.

Foi a primeira viagem para fora de Mianmar que a maior parte das integrantes fez. Elas ficaram maravilhadas com o trânsito de Bangkok, a quantidade de shoppings e o anonimato de uma cidade grande.

— Eu senti que existe liberdade lá — contou Kimmy. — Nós podíamos vestir qualquer coisa. Não tínhamos que nos preocupar com as outras pessoas. Aqui, se usamos shorts, caçoam de nós.

A banda também conheceu o lado libertino de Bangkok, incluindo um show de sexo em uma região de bares de quinta categoria, conhecida como Praça Nana.

— Tem muitas coisas que nós não vemos em Mianmar — disse Kimmy. — Tem muitas prostitutas! (O show, que apresentava um número de sexo explícito, foi demais para Cha Cha. Ela correu para o banheiro feminino e vomitou.)

As meninas planejam voltar aos palcos no início deste ano, quando vão se apresentar junto com outras bandas de Mianmar para a grande comunidade de birmaneses que vive na Tailândia. Enquanto isso, elas se concentram nos ensaios, procurando manter os pais tranquilos.

Htike Htike Aung, uma integrante da banda que também faz as capas dos álbuns e outros trabalhos de arte, recebeu uma mensagem de texto de sua mãe recentemente, após um ensaio da banda ter passado da meia-noite.

"Você sabe que ainda tem pais?", dizia a mensagem, seguida por um pedido: "Ligue para mim, filhinha!".

Htike Htike Aung voltou para casa e encontrou a mãe esperando por ela com a comida na mesa.

— Ela nunca dorme antes de eu voltar — contou Htike Htike. — Eu me senti muito mal.

Zero Hora

Polícia abre inquérito sobre suposto abuso sexual no 'BBB'


Em depoimento, participantes negaram relação sexual, mas investigação foi mantida no Rio

RIO - A Polícia do Rio abriu inquérito para apurar o crime de estupro de vulnerável na 12ª edição do reality show Big Brother Brasil (BBB), da TV Globo. Nesta terça-feira, 17, o modelo paulista Daniel Echaniz, de 31 anos, e a estudante gaúcha Monique Amin, de 23, em depoimento à polícia, negaram que houve relação sexual entre os dois após uma festa no sábado e admitiram apenas a troca de carícias íntimas. Ela se negou a realizar o exame de delito que poderia detectar violência sexual.

"Diante da recusa, nós apreendemos as roupas íntimas e de cama usadas por eles no dia da festa e encaminhamos para a perícia. Os resultados ficam prontos em 30 dias. A TV Globo cedeu as fitas do programa e vamos analisar as imagens para confrontar com os depoimentos", afirmou o delegado titular da 32ª Delegacia de Polícia da Taquara, Antônio Ricardo Eli Nunes.

Após a reação de internautas e espectadores ao suposto estupro, transmitido ao vivo para assinantes na TV e internet, na manhã de domingo, a direção do programa inicialmente afirmou que a relação foi consensual. Na segunda-feira, o diretor do BBB, José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, declarou que não era possível saber se houve ou não sexo embaixo das cobertas. No entanto, na noite do mesmo dia, o apresentador Pedro Bial anunciou a eliminação do modelo "por infringir as regras do programa" sem explicar as normas que foram quebradas por Daniel.

A investigação da Polícia Civil quer descobrir se a jovem estava consciente no momento em que o rapaz iniciou vários movimentos nas partes íntimas dela embaixo do edredom. Caso comprovado que a estudante, que admitiu o consumo de álcool, não poderia oferecer resistência total ao ato, o modelo será indiciado por estupro de vulnerável. Segundo o delegado, Monique ainda não foi confrontada com as imagens do que ocorreu após a festa.

Depoimentos. Os dois participantes do reality show prestaram depoimento por 1h30 cada um, separados, nas dependências dos estúdios do Projac, da TV Globo, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. O delegado preferiu não comentar as contradições nos depoimentos. Daniel afirmou que apenas simulou o ato sexual diante das câmeras. Novas convocações de ambos não estão descartadas. Outros participantes e integrantes da equipe técnica do BBB também podem ser chamados para depor.

O Ministério Público do Rio acompanha as investigações. Caso fique comprovado pelas imagens, exame nas roupas e nos depoimentos que houve estupro, a ação penal será iniciada. "Se ela tinha total incapacidade de resistência ao ato, a ação penal será proposta independentemente da vontade dela. Caso ela tivesse capacidade parcial de reagir, o caso é classificado apenas como fato atípico, ou seja, não há crime", explicou a promotora Christiane Monnerat.

Defesa. O empresário de Monique, Cristiano Rosa, chegou ao Rio para acompanhar o caso a pedido da família. Segundo ele, a mãe e o pai da jovem estão "muito preocupados". A estudante continua no programa. Por meio da rede social Twitter, Daniel escreveu que "é contra qualquer tipo de violência" e acredita que "tudo será resolvido". Ambos contam com a assessoria jurídica fornecida pela TV Globo.

Estadão

Homem mata filha grávida, neto e genro na Zona Sul de São Paulo


A Polícia Civil ainda investiga o que motivou o crime.
O caso foi registrado no 35º Distrito Policial, no Jabaquara.


Um homem matou a filha grávida, o neto de 3 anos e o genro nesta segunda-feira (16) no Jabaquara, Zona Sul de São Paulo, de acordo com a Polícia Militar (PM).

Em seguida, o motorista de 56 anos se matou. Ele chegou a ser levado para um hospital da região, mas não resistiu.

A Polícia Civil ainda investiga o que motivou o crime. O caso foi registrado no 35º Distrito Policial.

G1

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Mecanismo permitirá que crianças denunciem violações de seus direitos


Após cinco anos de debate e trabalho, foi aprovado na Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 19 de dezembro de 2011, o projeto final do protocolo facultativo relativo a comunicações da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. O instrumento permitirá que menores de 18 anos ou seus representantes denunciem abusos ou violações de direitos humanos perante uma comissão internacional formada por especialistas.

"Com este novo Protocolo Facultativo da Convenção sobre os direitos da Criança relativo a ‘comunicações’ ou a um procedimento de reclamação, a comunidade internacional colocou efetivamente os direitos das crianças em igualdade de condições com os demais direitos humanos e reconheceu que crianças e adolescentes também têm o direito a apelar a um mecanismo internacional, assim como os adultos”, manifestou a coalizão de ONGs que lutou pela concretização do Protocolo.

A partir de agora, a batalha é para que os Estados ratifiquem o novo Protocolo o mais rápido possível. A coalizão de ONGs agora prometer iniciar campanha para que os Estados membros comecem de imediato as discussões e processos nacionais com vistas à ratificação. Para demonstrar comprometimento com a garantia dos direitos de crianças e adolescentes, os Estados serão estimulados a aderir ao Protocolo durante a cerimônia oficial de assinatura, que se realizará em 2012.

A pressa das ONGs para a adesão ao mecanismo jurídico se deve ao fato de que este instrumento internacional só poderá entrar em vigor três meses depois da ratificação e adesão de dez Estados membros.

Quando estiver em funcionamento, o Protocolo Facultativo de comunicações permitirá que o Comitê Internacional sobre os Direitos da Criança receba queixas ou comunicações de crianças, adolescentes ou de seus representantes sobre abusos ou violações de direitos dos menores de 18 anos cometidos por Estados membros da Convenção.

Enquanto analisa a denúncia, o Comitê poderá pedir que o Estado adote medidas provisórias para evitar qualquer dano irreparável a meninas e meninos. Também poderá ser solicitada proteção com a intenção de resguardar a integridade da criança ou adolescente e evitar que seja alvo de represálias, maus-tratos ou intimidação em virtude da denúncia.

Contexto
Uma coalizão internacional constituída por cerca de 80 ONGs, com o apoio de mais de 600 organizações de todo o mundo e coordenada pelo Grupo de ONG para a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDN, por sua sigla em espanhol) vem trabalhando e pressionando desde 2006 para a aprovação do Protocolo Facultativo da Convenção sobre os Direitos da Criança relativo a comunicações. O trabalho foi encabeçado por Sara Austin (Visão Mundial) e Peter Newell (Iniciativa Global para Acabar com Todo Castigo Corporal contra as Crianças).

Este Protocolo é o terceiro da Convenção, que já contempla mecanismos jurídicos contra o tráfico de crianças, a exploração sexual infantil e a pornografia infantil. É comum que após a aprovação de uma Convenção sejam adicionados protocolos facultativos para complementar e acrescentar provisões à Convenção, assim como para ampliar os instrumentos de direitos humanos.

Fonte: Adital

promenino

Cidades do interior de São Paulo já possuem 'minicracolândias'


Enquanto a polícia faz uma operação de combate ao consumo de crack na região central de São Paulo, outras "minicracolândias" começam a surgir em cidades do interior do Estado, como Bauru, Taubaté, Guaratinguetá e Ilha Solteira.

A informação é da reportagem de Juliana Cossi publicada na edição desta segunda-feira da Folha.

Na maioria das cidades, o consumo é pulverizado, mas em algumas há locais coletivos de consumo em praças ou próximo a cemitérios. Na Ceagesp de Ribeirão Preto (313 km de SP), vizinhos relatam que é possível achar grupos de até 50 pessoas.

O problema atinge até cidades como Dumont (331 km de SP), de apenas 8.143 habitantes. O consumo é esparso, mas pode ser visto na "Baixa", uma pequena favela, disse o delegado George Theodoro Ary.


Folha OnLine

Caso Bruno: Advogado acusa Macarrão de matar Eliza por ser homossexual


Rio - Uma nova versão sobre a morte de Eliza Samudio, 17 meses após o desaparecimento da modelo, surge na voz do novo advogado do goleiro Bruno, ex-amante dela e acusado de participar do crime. Segundo Rui Pimenta, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, melhor amigo do atleta, pode ter matado Eliza por nutrir por Bruno sentimento homossexual.

Para ele, a tatuagem com o nome de Bruno feita nas costas de Macarrão é uma das provas de amor do amigo pelo ex-jogador do Flamengo.

“Bruno e Maka. A amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir, amor verdadeiro”, diz a tatuagem. Pimenta teria dito que Macarrão pode ter tido vontade de agradar o goleiro ao vê-lo em uma situação difícil com Eliza Samudio.

Ela cobrava pensão do jogador com quem teve um filho. Pimenta afirmou ainda que Bruno nunca quis que Eliza fosse morta e não ordenou o crime. O advogado espera que Macarrão confesse o amor por Bruno para livrá-lo da prisão.

Pimenta informou também que espera que o Bruno saia da prisão, em Contagem (MG), em até 45 dias para responder o processo em liberdade. O advogado de Macarrão não foi encontrado para comentar.

O DIA ONLINE

Burro que puxava carroça com pata quebrada é levado para Itauçu (GO)


Segundo delegado, 20 pessoas ligaram interessadas em adotar o animal.
Flagrante de maus-tratos ocorreu na sexta (13), em Aparecida de Goiânia.


O burro resgatado na última sexta-feira (13) pela Delegacia de Estadual de Investigação de Crimes Ambientais (Dema), ganhou um novo lar. Ele foi levado na tarde desta segunda-feira (16) para uma propriedade rural em Itauçu, a cerca de 70 quilômetros de Goiânia.

De acordo com o delegado titular da Dema, Luziano de Carvalho, após a divulgação do caso, cerca de 20 pessoas ligaram na delegacia interessadas em adotar o animal. Segundo ele, o local escolhido é "uma fazenda grande, possuiu outros equinos e boa pastagem, e os proprietários têm condições financeiras de cuidar do bicho", que tem a pata traseira quebrada.

Apesar do ferimento em uma das pernas, o burro era obrigado a puxar carroça. Segundo o delegado, ele também sofria agressões constantes.

Maus-tratos
O flagrante de maus-tratos ocorreu no Setor Vale do Sol, em Aparecida de Goiânia. O homem de 64 anos suspeito de praticar o crime ambiental era dono do animal e recebeu uma autuação.

Agentes da Dema chegaram até o animal por meio de uma denúncia. Um homem filmou o burro puxando a carroça, em Aparecida de Goiânia, e acionou a polícia. Ele acabou resgatado dentro da Operação Arca de Noé 2, iniciada na última semana.

G1

Todos juntos e misturados na escola


Em SP, escolas oferecem ensino interdisciplinar; no Rio, crianças de várias idades dividem espaço

RIO e SÃO PAULO - Cerca de cem colégios brasileiros estudam a adoção de projetos pedagógicos inspirados numa escola pública de Portugal considerada revolucionária. Na Escola da Ponte, localizada na cidade do Porto, não há séries, turmas ou salas de aula tradicionais. Os alunos, de idades diferentes e sentados em grupos de mesas, são os que definem a ordem dos estudos e como serão avaliados. Para melhorar a educação, algumas escolas brasileiras já derrubaram paredes, literalmente.

A mudança na escola pública portuguesa aconteceu na década de 1970. Atualmente, o ex-diretor da Escola da Ponte José Pacheco se prepara para ampliar a divulgação do projeto, que pretende tornar alunos e professores mais autônomos e participativos no projeto de aprendizagem. Pacheco pretende criar em Cotia, em São Paulo, um centro de referência para formação de professores e vai voltar à sala de aula à frente de uma escola gratuita que começará a funcionar na cidade no próximo período letivo. Além disso, ele e sua equipe acompanham regularmente cerca de cem colégios brasileiros que de alguma maneira pensam em mudanças.

— Os educadores brasileiros já perceberam que as escolas, do jeito que funcionam, na verdade, não funcionam, produzem ignorância. Alguns enxergam na Ponte uma mudança como a que tem que acontecer no sistema educacional brasileiro — afirma José Pacheco.

Segundo Pacheco, 20 dessas escolas, públicas e particulares, estão mais avançadas nesse sentido, principalmente nos estados de Minas Gerais, Porto Alegre, Paraná e São Paulo.

Alunos podem tirar dúvidas de estudantes do seu grupo


Entre elas estão dois colégios municipais de ensino fundamental da capital paulista: o Amorim Lima e o Campos Salles. Nos dois, a mudança foi tão radical que incluiu a derrubada de paredes. Mas, para respeitar as normas do governo brasileiro, as séries não foram abolidas, como aconteceu na Escola da Ponte.

Na escola Amorim Lima, sete salas de aula viraram dois salões, sendo que o maior comporta até 105 alunos. Em cada um dos salões, as carteiras dos alunos não ficam uma atrás da outra, mas sim arrumadas em círculos, cada círculo com cinco alunos. Ao mesmo tempo, pode haver alunos de séries diferentes, cada um estudando um assunto diferente de uma disciplina diferente. Todos que estão no salão aprendem usando como base roteiros de pesquisa interdisciplinares.

Num salão, como os da escola Amorim Lima, o quadro negro é pouco usado e os professores — um para cerca de 30 alunos — estão ali para tirar dúvidas, e o professor de uma disciplina pode ser chamado para tirar dúvida sobre outra disciplina.

— A ideia é que o estudante que tiver dúvidas peça ajuda a outro integrante de seu grupo. Se ele não souber, pede ajuda ao professor. Se o professor que o atender não souber, ele pede ajuda a outro professor — explica a diretora da escola Amorim Lima, Ana Elisa Siqueira.

Além disso, são programadas "oficinas" semanais, que podem ser aulas expositivas, feitas em outros espaços. O desenvolvimento dos alunos é acompanhado de perto pelos tutores. Cada aluno tem um tutor que, em reuniões semanais, conversa sobre as dificuldades encontradas e os avanços.

Aluno do 7 série do ensino fundamental, na escola Amorim Lima, Luca Mazzola, de 13 anos, faz algumas críticas ao método:

— Acho que aqui os alunos estão num nível um pouco abaixo de aprendizado do que na escola particular em que eu estudava antes. É ruim os alunos não aprenderem as mesmas coisas ao mesmo tempo.

Na escola Campos Salles, os alunos de séries diferentes não foram misturados nos salões. Também há roteiros de estudo, grupos e tutores, além de uma comissão para mediar conflitos formada por 12 alunos e monitorada por um professor. Quem explica o funcionamento é Keila Ramos Verdelho, de 9 anos, aluna da 3 série:

— Quando um aluno está mal na escola ou está bagunçando, reunimos a comissão mediadora. A gente conversa e dá chances para a pessoa melhorar. Se ela não melhora, a gente faz reunião com os pais e o diretor — conta Keila: — Uma vez, chamamos uma mãe para conversar e ela disse que não falaria com crianças. Aí, o diretor disse que ou ela conversava com a gente ou não conversava com ninguém. O problema foi resolvido.

Desde que a escola mudou o sistema de ensino, em 2006, as média obtidas no Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) — criado pelo Ministério da Educação para medir a qualidade da educação — , melhoraram e ultrapassaram as metas previstas pelo governo.

— Mas o que mais tem valor para nós é que antes nós perguntávamos para um aluno da 8 série sobre as perspectivas de vida dele e víamos que ele não sonhava. Hoje mudou tudo, eles sonham em fazer faculdade — afirma o diretor da escola Campos Salles, Braz Rodrigues Nogueira.

No Rio, crianças de diferentes idades juntas

No Rio, crianças matriculadas na Escola Edem podem ter a experiência de conviver com alunos de várias idades. Para isso, precisam frequentar o horário extensivo, oferecido para crianças de 1 a 10 anos.

— Os pais podem matricular seus filhos na série regular, por exemplo, no turno da tarde e deixá-los na escola de manhã fazendo várias atividades extracurriculares. Então, eles são divididos em dois grupos: um para crianças de 1 a 5 anos e outro para as que têm entre 6 e 10 anos — conta Claudia Fenerich, assessora pedagógica da escola:

— Não é um aprendizado formal, ainda que as crianças tenham ajuda para fazer o dever de casa. Durante esse horário extensivo, elas têm atividades como natação, teatro e inglês e participam de passeios. O interessante é que os maiores ajudam aos menores, os menores se espelham nos maiores, elas crescem com mais autonomia, têm muita interação social.

— Esse contato com diferentes idades faz com que a criança seja mais solidária e amadureça. Além de proporcionar um grande número de amizades — diz Ana Bezerra, mãe de Carolina, de 11 anos, e que, desde os 4, frequentou o Horário Extensivo.

Mãe de um menino de 8 anos, Rosana Soares Zouain conta que, há dois anos, optou pelo horário extensivo para não deixá-lo em casa com uma babá:

— Achei mais interessante e não me arrependi. O Lucas era muito tímido e a convivência com crianças de várias idades fez ele ficar mais despachado.

Na Escola Sá Pereira, alunos matriculados no ensino infantil também podem conviver com crianças de várias idades:

— Temos essa estratégia de atendimento há tempos e percebemos que as crianças se tornam mais flexíveis, solidárias, tolerantes e com mais capacidade para desenvolver a cooperação — conta Maria Teresa Moura, diretora da Sá Pereira.

O Globo

domingo, 15 de janeiro de 2012

Audioteca Sal e Luz


Audioteca Sal e Luz

Venho por meio deste e-mail divulgar o trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e que corre o risco de acabar.
A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros).

Mas o que é isto? São livros que alcançam cegos e deficientes visuais (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada), de forma totalmente gratuita.

Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

Nos ajude divulgando!!!

Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho, DIVULGUE!!!
Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125 - Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção foi uma alternativa que se criou, face à dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade.
Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.
A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, senão ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura.
Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...

Ajudem-nos. Divulguem!

Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz. Rua Primeiro de Março, 125- 7º Andar. Centro - RJ. CEP 20010-000
Fone: (21) 2233-8007
Horário de atendimento: 08:00 às 16:00 horas

http://audioteca.org.br/noticias.htm
A Audioteca não precisa de Dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO! Então conto com a ajuda de vocês: repassem! Eles enviam para as pessoas de graça, sem nenhum custo. É um belo trabalho! Quem puder fazer com que a Audioteca chegue à mídia, por favor fique à vontade. É tudo do que eles precisam.

Seios de meninas queimados com pedra em brasa


Engomar os seios das meninas com objetos extremamente quentes assim que aparecem os primeiros sinais do desenvolvimento sexual é uma tradição mantida às escondidas no oeste da África, especialmente em Camarões, onde um quarto das adolescentes sofre para disfarçar a puberdade. A prática, comum também em Guiné-Bissau, África Central e Ocidental, é normalmente realizada pelas próprias mães.

Alegando preocupação com os olhares libidinosos dos homens, encontros sexuais prematuros, estupros, abortos inseguros, gravidez indesejada e até o medo de que elas abandonem a escola, as mães passam diariamente nos seios das filhas pedras, paus ou martelos aquecidos em carvão incandescente. Outro motivo: em Camarões, muitos homens acham que as meninas estão prontas para o sexo quando começam a ganhar formas femininas. Muitas famílias acreditam que devem deixar as filhas “menos atrativas”, tentando, no mínimo, adiar o desenvolvimento do corpo das filhas.

No ritual propriamente dito, muitas vezes as mães usam um pano para proteger as suas mãos do calor, enquanto o peito da jovem é pressionado com força. Existem relatos de que, em razão das altas temperaturas, as meninas ficam com os seios deformados e com
tamanhos diferentes.

Engomar os seios sempre existiu”, diz a ginecologista Sinou Tchana, vice-presidente da Associação de Médicas de Camarões, em entrevista ao site do “Diário de Moçambique”. Tchana trabalha há mais de 20 anos para conscientizar a população sobre os riscos da prática, que além de prejudicar o desenvolvimento do seio danifica o tecido, causa feridas, abscesso e infecção, deixando as meninas predispostas a contrair câncer, sem contar os danos psicológicos.

Em seu trabalho, a ginecologista encontrou mães desesperadas depois de terem queimado a mão e percebido o quanto machucavam as filhas. “Perdoa-me, doutora, eu não tinha noção da medida da dor, mas quando me queimei percebi o tipo de sofrimento que a minha filhinha passava”, disse uma mãe a Tchana que, por outro lado, já ouviu depoimentos de meninas em pânico, que torciam até para nem ter seios e de outras que decidiram fugir de casa para não passar pelo ritual.

Uma associação de mulheres chamada Renata, apoiada pela agência alemã GTZ, orienta 15 mil jovens camaronesas a evitar essa prática dolorosa, chamada de “passar a ferro”. Mas como o sigilo prevalece em relação ao tema e até mesmo homens camaroneses desconhecem o procedimento, porque falar sobre sexo é um tabu no país, a tradição é mantida há gerações pelas mulheres. Às vezes os homens só ficam sabendo da prática após se casar: são surpreendidos ao ver o estado do corpo da própria mulher.

Na internet, circula um documentário em vídeo que mostra uma professora explicando sobre os perigos do ritual. Diante de crianças incrédulas, um garoto confirma que sua irmã sofre com a situação e chora quando a mãe “passa o ferro” em seus seios.

O mesmo vídeo ainda apresenta imagens chocantes de como é o ritual e como ficam deformados os seios de mulheres já adultas. A professora admite que não é o modo mais adequado para se orientar as crianças, mas confessa o desejo de que elas não passem pelo mesmo sofrimento a que ela foi submetida.

No entanto, por outro lado, o mesmo documentário mostra que muitas mães, mesmo tendo vivido tal situação na juventude, ainda acreditam que “passar os seios” é a melhor maneira de evitar a atenção dos homens, por medo especialmente da gravidez precoce.

Ou seja, diante desse cenário, o segredo ainda prevalece na maioria das famílias, e uma em cada quatro meninas segue sendo alvo do ferro quente diariamente em Camarões, um país de 19,5 milhões de habitantes, dos quais cerca de 8 milhões têm menos de 14 anos. Assim, a partir dos 9 anos de idade, muitas meninas ainda devem ter os seios engomados.

Fonte:Blog Yesach

Blog Conversa de Feira

Crianças indígenas são mortas todos os anos, mostra Cimi



Brasília – O assassinato de uma criança indígena no Maranhão, carbonizada por madeireiros em outubro de 2011, provocou a indignação de brasileiros em redes sociais na semana passada. Embora tardia, a reação não diz respeito a um fato isolado ou inédito, já que todos os anos, crianças e jovens indígenas são mortos em todo o país.

Os assassinatos, no entanto, nem sempre são protagonizados por não índios em busca de terras e madeira. Comunidades com problemas de álcool e drogas são palcos de tristes episódios, como o assassinato de um bebê indígena de 9 meses, a golpes de facão, em novembro do ano passado. O fato ocorreu depois de uma briga, envolvendo o pai do garoto e outros índios alcoolizados da tribo, localizada em Minas Gerais.

O número de crianças indígenas assassinadas em 2011 ainda não foi fechado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mas, em 2010, relatório do órgão informa que quatro menores foram assassinados, entre eles, uma menina de 8 anos. Ela foi estuprada, agredida e morta a pauladas depois de passar a tarde nadando em um açude. O fato ocorreu na aldeia Tey Cuê, em Mato Grosso do Sul, e segundo as investigações, uma tia da menina ofereceu a garota em troca de drogas.

Em 2009, o Cimi registrou 11 assassinatos de menores, entre eles o de um garoto de 9 anos do grupo Guarani Kaiowá. Ele foi estuprado e morto por um adolescente da própria aldeia. Em 2008, uma menina da Etnia Guajajara foi morta a tiros no Maranhão quando assistia TV em sua casa, que ficava à beira de uma rodovia. Os disparos contra a casa foram feitos por motoqueiros. As terras dos guajajara foram demarcadas entre fazendas e rodovias, e frequentemente há conflitos com madeireiros e moradores das cidades no entorno das áreas indígenas.

Além dos episódios de violência a que estão submetidas, dezenas de crianças indígenas morrem todos os anos por falta de condições próprias de higiene, desnutrição e falta de atendimento médico. Em janeiro do ano passado, oito pequenos xavantes morreram em apenas 15 dias após um surto de pneumonia.

Fonte: Agência Brasil

promenino

A longa prisão sem provas de Michel, negro e pobre


Num país que adora proclamar sua democracia racial, as autoridades deveriam ser treinadas para manter as aparências, pelo menos. Em outubro do ano passado, o agente de saúde Michel Silveira, 26 anos, foi levado à delegacia sob acusação de ter participado de um roubo a mão armada.

A única prova era a denúncia de uma das vítimas, que garante ter reconhecido o agente de saúde três dias depois do assalto.

O problema: câmaras de vídeo do local de trabalho de Michel mostram que ele estava no serviço na hora do crime. Colegas também garantem que um pouco mais tarde, estavam a seu lado. Mesmo assim, Michel ficou três meses na cadeia. Sem prova, sem um indício além de um reconhecimento feito na rua, por uma vítima. Três meses não são três horas nem três dias nem três semanas. Tem gente que tem emprego que dura três. Ou que faz um cursinho de três meses e depois presta vestibular. Michel passou o Natal e as festas longe da família. Por duas vezes amigos e parentes apresentaram recurso para liberá-lo.
Nada. A soltura só foi definida quando se apresentou um terceiro recurso. Racismo é isso. O sujeito está empregado, tem documentos, aponta testemunhas e pode até mostrar um vídeo — se a polícia tiver interesse em assisti-lo. Mas outra pessoa não enxerga nada disso. Só vê a cor da pele, aquilo que muita gente chama de raça. E aí define uma opinião e uma atitude.
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Epoca

Internet tem efeito similar ao de drogas ou álcool no cérebro, diz pesquisa


Viciados em internet têm alterações similares no cérebro àqueles que usam drogas e álcool em excesso, de acordo com uma pesquisa chinesa.

Cientistas estudaram os cérebros de 17 jovens viciados em internet e descobriram diferenças na massa branca - parte do cérebro que contém fibras nervosas - dos viciados na rede em comparação a pessoas não-viciadas.

A análise de exames de ressonância magnética revelou alterações nas partes do cérebro relacionadas a emoções, tomada de decisão e autocontrole.

"Os resultados também indicam que o vício em internet pode partilhar mecanismos psicológicos e neurológicos com outros tipos de vício e distúrbios de controle de impulso", disse o líder do estudo Hao Lei, da Academia de Ciências da China.

Computadores

A pesquisa analisou o cérebro de 35 homens e mulheres entre 14 e 21 anos. Entre eles, 17 foram classificados como tendo Desordem de Dependência da Internet, após responder perguntas como "Você fez repetidas tentativas mal-sucedidas de controlar, diminuir ou suspender o uso da internet?"

Os resultados então descritos na publicação científica Plos One, que poderiam levar a novos tratamentos para vícios, foram similares aos encontrados em estudos com viciados em jogos eletrônicos.

"Pela primeira vez, dois estudos mostram mudanças nas conexões neurais entre áreas do cérebro, assim como mudanças na função cerebral, de pessoas que usam a internet ou jogos eletrônicos com frequência", disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College, em Londres.

O estudo chinês também foi classificado de "revolucionário" pela professora de psiquiatria do Imperial College London Henrietta Bowden-Jones.

"Finalmente ouvimos o que os médicos já suspeitavam havia algum tempo, que anormalidade na massa branca no córtex orbitofrontal e outras áreas importantes do cérebro está presente não apenas em vícios nas quais substâncias estão envolvidas, mas também nos comportamentais, como a dependência de internet."

BBC Brasil

No DF, poste impede acesso a vaga reservada a pessoas com deficiência


Administração do Gama afirmou que vai solicitar à CEB que haja relocação.
Companhia vai verificar situação e disse ser proibido colocar placas em poste.


Um poste posicionado em frente ao Centro de Saúde 08 do Gama, no Distrito Federal, impede o acesso a uma vaga reservada para pessoas com deficiência. A professora Fernanda Giseli da Silva notou o problema enquanto passava pelo local na quarta-feira (11).

“Fui pegar remédios para mim. Minha irmã estava comigo e aí a gente resolveu enviar”, conta. Ela enviou a informação via VC no G1.

Procurada pelo G1, a Secretaria de Saúde informou que cabia à Administração Regional do Gama comentar o assunto.

A administração disse que enviou um técnico de obras ao local nesta sexta e que vai solicitar na segunda-feira que a Companhia Energética de Brasília (CEB) reloque o poste.

A CEB disse que vai verificar a situação e o que pode ser feito e afirmou afirmou não ter nenhum registro de solicitação para retirada do poste. A companhia também destacou que é proibido colocar placas em postes da rede elétrica.

Em Samambaia, um empresário está construindo um prédio comercial que apresenta o mesmo problema: é impossível entrar com um carro na garagem por causa de um poste localizado no meio da entrada.

G1
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