Solução para problemas ambientais do planeta virão da união entre cientistas, sociedade e tomadores de decisão, conclui fórum científico da Rio+20
Para a comunidade científica reunida no Rio de Janeiro durante a Rio+20, a humanidade tem três opções para enfrentar as consequências das mudanças ambientais: mitigar, ou seja, atenuar os danos causados ao ambiente; adaptar-se ao ritmo da natureza, aprendendo a conviver com ela e criando uma economia sustentável (o caminho mais desejável); ou sofrer com as consequências do aquecimento global e com o desaparecimento das espécies.
A análise representa a conclusão do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável. O encontro terminou nesta sexta-feira e foi organizado Conselho Internacional de Ciência (ICSU, na sigla em inglês). As conclusões do fórum serão compiladas em um discurso de dois minutos que será endereçado aos chefes de estado no dia 20 de junho pelo presidente do ICSU, o químico tailandês Yuan-Tseh Lee, vencedor do prêmio Nobel de Química em 1986. De tão curto, Lee brincou que terá de conduzir o discurso "como um narrador de jogo de futebol."
Os cientistas afirmam que há 30 anos há evidências de que a atividade humana tem efeitos sobre alterações do clima e o desaparecimento de espécies. "É virtualmente certo que haverá aumento na frequência e magnitude das temperaturas extremas", diz Steven Wilson, diretor-executivo do ICSU. "Há consenso de que as chuvas, secas e outros desastres naturais vão acontecer com maior frequência."
Trabalho em equipe - Para a comunidade acadêmica, será preciso integrar as áreas da ciência, que hoje atuam dispersas, com um sistema global de pensamento, comunicação, educação e engajamento entre os cientistas, sociedade e os tomadores de decisão. "Precisamos realizar estudos e observações contínuas", diz Wilson. Atualmente, vários dados sobre o comportamento do planeta são de estudos isolados e não estão padronizados, o que dificulta tirar conclusões precisas.
A principal sugestão do fórum para integrar as diferentes áreas da sociedade em pesquisas científicas que ajudem a humanidade a se adaptar ao planeta é o Future Earth. O programa foi anunciado na quinta-feira como uma iniciativa global para centralizar e coordenar pesquisas interdisciplinares ao longo de 10 anos com um único propósito: entender os desafios do desenvolvimento sustentável e dar sugestões práticas de como superá-los.
Para o sueco Johan Rockström, um dos coordenadores do Future Earth, "a humanidade terá que reinventar a prosperidade para viver no Antropoceno", nome dado ao período mais recente da história do planeta, em que as atividades humanas começaram a ter um impacto significativo no clima e no funcionamento dos ecossistemas. "Somos a primeira geração a ter consciência de que estamos verdadeiramente colocando o futuro da civilização em risco", diz. "A transição para o mundo sustentável é necessária, possível e desejável."
Veja
A análise representa a conclusão do Fórum de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável. O encontro terminou nesta sexta-feira e foi organizado Conselho Internacional de Ciência (ICSU, na sigla em inglês). As conclusões do fórum serão compiladas em um discurso de dois minutos que será endereçado aos chefes de estado no dia 20 de junho pelo presidente do ICSU, o químico tailandês Yuan-Tseh Lee, vencedor do prêmio Nobel de Química em 1986. De tão curto, Lee brincou que terá de conduzir o discurso "como um narrador de jogo de futebol."
Os cientistas afirmam que há 30 anos há evidências de que a atividade humana tem efeitos sobre alterações do clima e o desaparecimento de espécies. "É virtualmente certo que haverá aumento na frequência e magnitude das temperaturas extremas", diz Steven Wilson, diretor-executivo do ICSU. "Há consenso de que as chuvas, secas e outros desastres naturais vão acontecer com maior frequência."
Trabalho em equipe - Para a comunidade acadêmica, será preciso integrar as áreas da ciência, que hoje atuam dispersas, com um sistema global de pensamento, comunicação, educação e engajamento entre os cientistas, sociedade e os tomadores de decisão. "Precisamos realizar estudos e observações contínuas", diz Wilson. Atualmente, vários dados sobre o comportamento do planeta são de estudos isolados e não estão padronizados, o que dificulta tirar conclusões precisas.
A principal sugestão do fórum para integrar as diferentes áreas da sociedade em pesquisas científicas que ajudem a humanidade a se adaptar ao planeta é o Future Earth. O programa foi anunciado na quinta-feira como uma iniciativa global para centralizar e coordenar pesquisas interdisciplinares ao longo de 10 anos com um único propósito: entender os desafios do desenvolvimento sustentável e dar sugestões práticas de como superá-los.
Para o sueco Johan Rockström, um dos coordenadores do Future Earth, "a humanidade terá que reinventar a prosperidade para viver no Antropoceno", nome dado ao período mais recente da história do planeta, em que as atividades humanas começaram a ter um impacto significativo no clima e no funcionamento dos ecossistemas. "Somos a primeira geração a ter consciência de que estamos verdadeiramente colocando o futuro da civilização em risco", diz. "A transição para o mundo sustentável é necessária, possível e desejável."
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