domingo, 20 de abril de 2014

Caso Bernardo: Assistente social diz que ajudou no crime em troca de R$ 96 mil prometidos por madrasta

Sigilo bancário foi solicitado para ver envolvimento do casal

RIO - Investigações nas contas bancárias dos três suspeitos na morte de Bernardo Boldrini, de 11 anos, estão sendo feitas para provar que a assistente social Edelvânia Wirganovicz auxiliou a madrasta da criança, Graciele Ugliani, a matar Bernardo. Edelvânia admitiu, em depoimento, que ajudou no assassinato em troca de R$ 96 mil prometidos por Graciele para pagar uma dívida que contraiu para comprar um apartamento. As informações são do jornal “Zero Hora”.

A polícia desconfiava que o pai do garoto, o médico Leandro Boldrini, sabia do plano mas a hipótese perdeu força com o depoimento de Edelvânia negando a participação de Leandro.

– O Leandro não sabe, mas no futuro vai dar graças por se livrar do incômodo.

A investigação não descarta a possibilidade de Leandro ter ajudado a ocultar o crime quando soube, mesmo sem o ter planejado. O médico, no dia da morte, estava trabalhando em uma clínica particular e em um hospital da região.

A quebra de sigilo das contas do casal foi solicitada ver possíveis envolvimentos de ambos no caso.

– Se uma quantia próxima a R$ 96 mil ou uma grande quantia saiu da conta de Boldrini nos dias subsequentes ao assassinato do filho dele, pode significar que ele passou o dinheiro prometido a Edelvânia.

Dos 96 mil prometidos para Edelvânia, a assistente social só recebeu uma parte. No dia da morte de Bernardo, Edelvânia e Graciele foram até a clínica de Leandro. Os policiais acreditam que esta visita pode ter sido uma cobrança pelo dinheiro prometido.

O GLOBO

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