sábado, 6 de setembro de 2014

Depois de vida de luxo em mansão paraguaia, Abdelmassih come 'prato feito' em cela de 14 m²


Depois de morar três anos e sete meses em uma mansão de 700 m² com a mulher, Larissa Sacco, de 37 anos, e com os dois filhos no Paraguai, o ex-médico Roger Abdelmassih, 70, divide chuveiro, vaso sanitário e uma cela de 14 m² com outros cinco presos na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo.

A situação atual de Abdelmassih é bem diferente daquela vivida na cidade de Assunção, capital paraguaia, quando era vizinho do presidente do país, Horacio Cartes (confira a arte completa comparando as situações no final desta reportagem).

Cercado de luxo e conhecido na região como "Ricardo", nome falso, o ex-médico condenado a 278 anos por estuprar suas pacientes andava tranquilamente pelas ruas e frequentava restaurantes de alto padrão, onde costumava pedir pratos típicos da culinária italiana — nhoque e penne, acompanhados de espumante rosé.

Na mansão alugada por US$ 5 mil por mês, equivalente a R$ 11 mil, o criminoso vivia no mais alto conforto. Tinha motorista particular, trocava de empregada doméstica a cada dois meses para não levantar suspeita e levava os filhos, gêmeos de três anos, para um dos principais colégios paraguaios.

Agora, na Penitenciária de Tremembé, Roger Abdelmassih segue regras rígidas. Não pode mais escolher suas vestes: tem de usar o uniforme da prisão — camisa branca e calça bege. Tem hora certa para sair para o pátio e hora certa para voltar para cela. E, nos dias de visita, sempre aos finais de semana, pode receber até duas pessoas. Seu cardápio também mudou. O ex-médico, almoça o mesmo que é oferecido a todos os presos: carne, arroz, feijão e uma sobremesa simples.

Duas semanas após ser capturado, Roger Abdelmassih divide cela com cinco presos e recebe primeira visita

A Penitenciária de Tremembé já foi endereço de Abdelmassih em 2009, quando ficou preso por cinco meses, entre agosto e dezembro. Ele, porém, foi solto por decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF (Superior Tribunal Federal), que considerou que o ex-médico poderia recorrer em liberdade da sentença de 278 anos de condenação.

Dois anos mais tarde, em 2011, Abdelmassih teve a prisão decretada novamente por pedir a renovação de seu passaporte — a Justiça entendeu a atitude como evidência de tentativa de fuga, o que se confirmou e o tornou o homem mais procurado do país.

R7

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