por João Almeida Moreira, em São Paulo
Milionárias brasileiras dão à luz em Miami para ter filhos americanos
São ricos que buscam alternativas fora do país para fugir à crise. Classe média, mesmo crítica do governo, resiste a sair do Brasil
Wladimir Lorentz, médico brasileiro radicado em Miami há 17 anos, teve há um mês uma ideia luminosa: montar o site Ser Mamãe em Miami para atender brasileiras que desejem que os seus filhos nasçam nos Estados Unidos da América e, assim, garantir automaticamente a cidadania norte-americana. Logo nos primeiros dias recebeu quatro clientes - agora, as solicitações não param.
Juntamente com um sócio colombiano, Ernesto Cárdenas, o pediatra brasileiro já prestava serviços a turistas internacionais desde que mães russas milionárias começaram a procurá-lo com o mesmo objetivo: ter filhos norte-americanos. Seguiram-se dezenas de clientes das elites económicas da Venezuela, país que vive sob a instabilidade do regime bolivariano de Nicolás Maduro, e de outros países latino-americanos, até surgir o tal clique. Porque não um site dedicado só ao Brasil? "Com esta instabilidade económica e política, é a hora certa", explicou Lorentz, que já denota um ligeiro sotaque americano, ao DN.
"Mas eu, além de oferecer o conforto de falar português com as grávidas, só presto serviços médicos, todo o processo burocrático é com o cliente", adverte. Processo simples, sublinhe-se: por mais que o pré-candidato presidencial republicano Donald Trump venha censurando os chamados "bebés-âncora", a Constituição dos EUA garante cidadania a quem nasça no seu território, o que a posteriori facilita visto ou dupla nacionalidade aos pais.
Fonte: DN GLOBO
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