domingo, 6 de dezembro de 2015

Motivação da morte de avó e neta, em Caxias do Sul, levanta dúvidas

Duplo assassinato motivou protesto na tarde deste domingo

Foto: Felipe Nyland / Agencia RBS

Com a prisão do principal suspeito de ter assassinado Simone Maria Almeida da Costa, 40 anos, e a neta dela Emili Eduarda Costa dos Santos, dois, a Polícia Civil concentra esforços para esclarecer as dúvidas que cercam o crime. O homem está recolhido num presídio desde o início da última sexta-feira, e só deve ser ouvido a partir de segunda-feira. Ele é ex-namorado da mãe de Emili, Camila Eduarda da Silva, 21.

Supostamente, a motivação das mortes tem a ver com o fim do relacionamento que o suspeito mantinha com Camila. A mulher afirma que ele não aceitava o rompimento. Simone e Emili foram foram assassinadas a facadas na madrugada de domingo, 29 de novembro, no bairro Fátima Baixo.

Confira algumas perguntas que só devem ser esclarecidas nos próximos dias pela polícia:

Quem foi assassinada primeiro?

Não está confirmado. A princípio, imagina-se que Simone tenha sido golpeada primeiro, logo após abrir a porta da cozinha para o autor do crime. Em seguida, o assassino pegou Emili, que dormia num quarto.

Qual a motivação dos crimes?

A principal hipótese é de que o homem tramou um plano para reatar o relacionamento com a mãe de Emili: sem mãe e filha, Camila só teria ele com quem buscar amparo. Essa suposição é sustentada por pessoas que conviviam com o casal durante e após o fim do relacionamento. Inicialmente, o plano funcionou. Logo após os assassinatos, Camila buscou apoio com o ex-namorado. Ela sequer imaginava que esse ex-companheiro era suspeito de ter cometido o crime. Ele esteve no velório e também postou fotos de Emili no Facebook. A jovem ficou na casa do homem até quarta-feira, dia 3 de dezembro, quando foi levada para outro local. Com o sumiço repentino, o ex-namorado ficou abalado e passou a procurá-la pela cidade, levantando mais suspeitas. A partir de um reconhecimento e outras provas, o homem teve a prisão temporária decretada pela Justiça.

Por que os vizinhos dizem que não viram nada nem relataram qualquer informação à polícia?

Por medo.

O matador agiu sozinho?

A princípio, sim. Não se descarta que outras pessoas tenham se envolvido para acobertar os assassinatos.

Como o matador entrou na casa?

Presume-se que pela porta da cozinha, provavelmente aberta por Simone, que conhecia o suspeito preso. Uma suposição é de que ele telefonou para Simone antes do crime.

Existem outros suspeitos?

Não. A investigação está concentrada no ex-namorado. Apesar das evidências, isso não quer dizer que outras pessoas não possam ser investigadas.

Quais os próximos passos?

O suspeito deve ser ouvido nesta semana. Informalmente, negou envolvimento. A polícia espera resultado de perícias nos objetos colhidos na casa do suspeito para apontar se há sinais de sangue, por exemplo. Novas testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. Não há prazo para a conclusão do inquérito.

Fonte: Zero Hora

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