sábado, 18 de abril de 2009

Educação sexual é fundamental para futuro reprodutivo das meninas


Adolescência

Educação sexual é fundamental para futuro reprodutivo das meninas
O modo com que as adolescentes conversam sobre sexualidade na escola, na família, e absorvem informação adequada sobre todos os riscos envolvidos, é fundamental para determinar a saúde reprodutiva no futuro. De acordo com a doutora Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana, um bom número de mulheres enfrenta problemas para engravidar por conta de descuidos cometidos na adolescência que podiam ter sido evitados.“Jovens que não têm acesso a informação adequada sobre métodos anticoncepcionais e formas de evitar infecções causadas por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) enfrentam mais problemas para engravidar. Uma das principais sequelas dessas doenças é o entupimento das trompas”, diz a médica. Segundo Silvana Chedid, em geral, o jovem ainda não se dá conta de que sua conduta sexual enquanto está namorando ou “ficando” com alguém pode comprometer seus relacionamentos na fase adulta e, inclusive, dificultar a formação de uma família. “Por mais que as novas tecnologias facilitem o acesso a todo tipo de informação, os adolescentes se interessam muito pouco ainda sobre prevenção das DSTs. Infelizmente, os descuidos ainda são muito comuns. Com relação às meninas, por exemplo, a doença que mais desencadeia infecção pélvica e alteração tubária é a clamídia (Chlamydia). Como em 75% dos casos a doença só se manifesta através de um discreto corrimento, muitas meninas sequer se importam com o fato”, diz a especialista. Na opinião da médica, apesar de haver muitos fatores que podem comprometer a saúde reprodutiva e resultar em dificuldade para engravidar na fase adulta, se as jovens levassem mais a sério a necessidade de usar preservativos em toda relação sexual, os índices de DSTs cairiam bastante.“Ainda na pré-adolescência, as mães devem levar suas filhas a uma ginecologista de sua confiança para entenderem todo processo de transformação do corpo e, inclusive, esclarecer como as garotas podem contribuir para a preservação da saúde”, diz Silvana.A especialista chama atenção para um projeto lançado pela Associação Americana de Fertilidade e coordenado por uma equipe da Faculdade de Medicina de Nova York. “Trata-se do programa ‘Manicures & Martinis’, que deve circular pelas escolas de 20 grandes cidades norte-americanas e que tem o objetivo de esclarecer os ‘sins’ e os ‘nãos’ da preservação da fertilidade fazendo uso de uma linguagem bastante jovem”.
RedaçãoeAgora.com.br

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