A Amazônia ocupa 5% da superfície da Terra, tem 80 mil quilômetros de rios, entre eles o Amazonas, o maior em extensão e volume de água do mundo. Nesses 350 milhões de hectares de florestas podem ser encontrados 80 mil espécies vegetais, 1.500 tipos de peixes, 1.300 de pássaros e 300 mamíferos. Pesquisas recentes da Universidade Federal do Amazonas atestam que vivem na região 30 milhões de animais.
Na Floresta Amazônica convivem com a população ribeirinha 207 mil dos 220 mil índios brasileiros, em 202 das 215 comunidades indígenas do país, que falam 176 dos 181 idiomas conhecidos no Brasil. Trata-se de uma população esquecida, explorada, com baixíssimo nível de escolaridade.
Qual é a consequência de tamanho descaso dos governos brasileiros, que jamais olharam para a Amazônia com uma visão moderna, de exploração sustentável de suas riquezas? Dificuldades de transporte e comunicação, inexistência de programas de educação em saúde e desmatamento desmedido e sem controle, que estão acabando com a floresta e mantendo seus habitantes abaixo da linha da pobreza.
A miséria, o analfabetismo, a falta de assistência médica e de meios de subsistência não se refletem apenas na destruição da floresta. Vão muito além. A Amazônia é um foco de doenças já controladas ou exterminadas em países desenvolvidos, como o tracoma, a hanseníase e a malária.
Está mais do que na hora de nós, brasileiros, assumirmos a responsabilidade de ocupar racionalmente a Amazônia, antes que seja tarde. Os olhos das grandes potências estão voltadas para essa região e não podemos, em hipótese alguma, abrir mão da nossa soberania.
Mas, não adianta ficar só no discurso. É fundamental que o Brasil explore a Amazônia de forma sustentável, levando progresso e desenvolvimento principalmente para as pessoas que lá vivem enfrentando tantas dificuldades.
Alexandre Farah*, Jornal do Brasil
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