quarta-feira, 27 de junho de 2012

ONG diz que gravidez é a principal causa de morte entre adolescentes no mundo

Grávida é examinada por médica em campo de refugiados na Tailândia (Foto: Paula Bronstein/Getty Images)
A organização Save The Children, que defende direitos da infância, afirmou nesta quarta-feira (27) que a gravidez é a principal causa de morte entre adolescentes em todo o mundo. Anualmente, um milhão morrem ou sofrem lesões graves devido à gestação ou parto
.

Segundo relatório da ONG, o problema atinge, principalmente, meninas pobres, menos escolarizadas e residentes em áreas rurais. A gravidez na adolescência é mais comum em países em desenvolvimento e sem programas de planejamento familiar. Cerca de 222 milhões de mulheres no mundo que não querem engravidar não têm acesso a métodos contraceptivos.

Muitas das que têm entre 15 e 18 anos engravidam logo após o casamento. Globalmente, uma em cada cinco meninas terão tido um filho com 18 anos, de acordo com estimativas.

Para a Save The Children, milhares de vidas seriam salvas se as jovens pudessem escolher o momento de ter filhos e respeitassem a recomendação de não engravidar em menos de 24 meses após um parto. O período maior entre uma gestação e outra reduz os riscos de complicações maternas e neonatais e poderia salvar 1,8 milhão de vidas a cada ano, diz a entidade.

Reportagem da BBC mostra que em uma clínica de uma região pobre no norte da Libéria um terço de todos os bebês que nascem tem mães entre 15 e 19 anos de idade. Algumas sequer passaram dos 13. Um dos diretores do projeto Save the Children na região, George Kijana, disse à rede britânica que essas mães estão expostas a complicações médicas. “O corpo destas jovens não está preparado, pode desenvolver fístulas em um parto prolongado”, diz.

Durante anos, os programas de planejamento familiar lutaram para encontrar financiamento e apoio, por vezes sofrendo resistência de grupos religiosos. Líderes internacionais se encontram em Londres em julho para uma conferência sobre planejamento familiar.

Amanda Polato

Época

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