quinta-feira, 23 de maio de 2013

Agressão a crianças em rua movimentada de São Paulo causa revolta


A historiadora Ana Paula Salviatti testemunhou, na tarde da última terça, 21 de maio, a covardia e o descaso de dois homens contra três crianças pobres.

A cena foi vista inicialmente das janelas de um ônibus que transitava pela esquina da Avenida Pedroso de Morais com a Teodoro Sampaio, na zona oeste de São Paulo. Salviatti desceu do coletivo em direção aos agressores. Foi quando um deles agarrou, lançou no meio da rua e xingou uma das crianças.

A discussão estava instalada. Naquele exato momento, tive a plena consciência de que um linchamento público não seria um destino distante das três”, afirma a historiadora no relato ao jornal online do Coletivo Passa Palavra. Os agressores alegavam que as crianças eram bandidas, enquanto a mulher, na tentativa de defender as crianças, rebatia. “Vocês acreditam que pegando uma criança no pescoço no meio da rua, xingando ela, vocês vão incentivar o quê? Essas crianças vão ficar malucas e por muito menos vocês estão cultivando o que assistem na televisão. Eles têm direitos sonegados. Eles têm direito a lazer, cultura e educação, e é tudo o que os três não têm”.

A região onde o caso aconteceu é um dos pontos mais movimentados da cidade. “O que será das três da tarde no Jardim Paulistano ou no Campo Limpo?”, questiona usando exemplos de bairros periféricos.

Leia o relato na íntegra no Passa Palavra. O coletivo é um grupo de orientação anticapitalista, apartidário e independente de poderes políticos e econômicos, formado por colaboradores do Brasil e de Portugal, com a intenção de construir um espaço comunicacional que contribua para a‭ ‬articulação e a‭ ‬unificação prática das lutas sociais.

promenino

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