terça-feira, 14 de maio de 2013

Sociedade civil se reúne em prol da primeira infância


É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”

-- Artigo 227 da Constituição Federal

Com a necessidade de desenvolver um movimento nacional de promoção, defesa e garantia dos direitos da primeira infância, no íltimo dia 8 de maio, o Sesc Pinheiros, em São Paulo, recebeu o segundo encontro da Mobilização Brasileira Pela Primeira Infância (MOBI).

Idealizado pela instituição Zero a Seis (ZAS), o evento contou com a participação de vereadores, representantes de empresas, ONGs, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ativistas, psicólogos e interessados em elaborar propostas executivas pelo direito de crianças de zero a seis anos, como é o caso do cartunista Maurício de Sousa.

Entre seus objetivos, o coletivo pretende mobilizar a população brasileira, criando “exigibilidade cidadã” para que toda a criança na primeira infância tenha condições necessárias para o seu pleno desenvolvimento. “Até o terceiro ano de vida o cérebro se constitui em torno de 90%. Segundo o idealizador da MOBI e representante da ZAS, João Figueiró, o que somos hoje se estabelece no início da vida, até os seis anos de idade.

“É nesse momento que a criança desenvolve as bases de suas competências para aprender,fazer, se relacionar e ser. É quando se dá a formação básica de sua personalidade e caráter”, completa Figueiró apontando também que é a fase em que o ser humano desenvolve valores éticos e morais a partir de suas relações na família, na escola e na comunidade.

Baseado em casos internacionais de sucesso, Figueiró afirma que falta políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes, principalmente na fase do nascimento aos seis anos. “Há falta de compromisso com a Constituição Federal, em especial com o artigo 227. Devemos investir na primeira infância como fator chave para a redução da pobreza, das iniquidades e da violência, para que assim possamos promover a cidadania, a cultura de paz e da saúde social”.

Próximos passos


Em fase de planejamento estratégico e agregação de parceiros, a MOBI pretende ser uma plataforma de comunicação para servir como ferramenta mobilizadora e fonte de informações, além de influenciar políticas públicas e garantir direitos sobre a primeira infância no Brasil.

“Os próximos passos incluem contratar três profissionais para atuar somente com a MOBI, e promover em São Paulo o primeiro encontro do comitê organizador com especialistas internacionais de casos de sucesso; também queremos desenvolver um planejamento estratégico para os próximos três anos do grupo”, explica o idealizador do projeto.

O grupo é aberto. Para o caso de mais informações ou contribuições, deve-se entrar em contato com o Instituto Zero a Seis. O grupo já prevê um novo encontro, em 5 de junho, no Sesc Pinheiros, ainda sem horário definido.

promenino

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