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segunda-feira, 15 de julho de 2013
Jovem que sobreviveu ao Talebã leva luta por educação à ONU
No dia em que completou 16 anos, a paquistanesa Malala Yousafzai discursou diante de uma plateia de líderes e de jovens de todo o mundo na ONU.
"Estar entre pessoas tão honradas é um grande momento em minha vida", disse, no evento que foi batizado "Dia de Malala". Malala é inspiração para famílias paquistanesas que querem educar suas filhas Inspiradas pela jovem que sobreviveu a um atentado no Talebã, meninas no norte do Paquistão têm voltado a frequentar escolas no país. Professores locais dizem que durante o primeiro mês depois do ataque a Malala ─ que levou um tiro no rosto dentro de um ônibus escolar em 2012 ─ muitas famílias mantiveram suas filhas dentro de casa. Depois do atentado, Malala foi levada para a Grã-Bretanha para receber tratamento médico. Hoje, ela e sua família vivem em Birmingham, na Inglaterra. Mas desde então, as matrículas voltaram a crescer, inspiradas pela recuperação da jovem e por seu ativismo pela educação. O Paquistão, no entanto, ainda é um dos países com o número mais baixo de alfabetização e matrícula de meninas, segundo organizações de ajuda humanitária. Em todo o mundo, um quarto de jovens mulheres não completaram a escola primária. Durante seu discurso, Malala pediu que políticos ajam para garantir que todas as crianças exerçam o direito de ir à escola. Ela disse ainda que os extremistas temem os livros e temem também as mulheres. Livros e canetas, segundo a jovem, são as armas mais poderosas contra o terrorismo. "Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo", afirmou.
BBC Brasil
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