sábado, 16 de novembro de 2013

Caso Joaquim: tese de superdosagem ganha força após novos depoimentos



Polícia acredita que menino foi morto após dose exagerada de insulina dentro de casa


A polícia de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, acredita cada vez mais que o menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, encontrado morto em um rio há seis dias, pode ter tido uma overdose de insulina, medicamento que precisava tomar por ser diabético. A aplicação da superdosagem teria sido feita pelo padrasto ou pela mãe da criança. Ambos estão presos.

Nesta sexta-feira (15), dois médicos especializados em diabetes foram ouvidos pela polícia. O objetivo do delegado Paulo Henrique Martins de Castro, responsável pelo caso, era tentar entender se a morte do menino poderia ter sido provocada pelo excesso ou falta de insulina.

A discussão girou em torno do uso da “caneta” que é utilizada para injetar insulina no corpo. Os investigadores queriam saber se seria possível analisar o equipamento e averiguar o tamanho da última dose feita com essa caneta.


Tanto os policiais quanto o MP (Ministério Público) não acreditam no envolvimento de uma terceira pessoa no caso. Outros indícios também apontam para a participação do casal no crime, segundo a polícia. Além de trechos conflitantes nos depoimentos de Guilherme Rayme Longo, de 28 anos, padrasto de Joaquim, e de Natália Ponte, de 29, a polícia estranhou encontrar, por exemplo, a cama do menino arrumada logo ao chegar na casa do casal, após ter sido acionada pelo desaparecimento da criança.

Outro ponto investigado diz respeito a uma conversa entre o casal pela internet, há um mês, na qual Natália teria demonstrado um descontentamento com as atitudes de Longo, que já naquela época estaria fazendo uso de drogas.

Em Ribeirão Preto, as manifestações pedindo por Justiça continuam. O andamento das investigações faz com que o delegado responsável acredite em uma conclusão do inquérito até a próxima sexta-feira (22), após mais alguns depoimentos e possíveis reconstituições do crime com o casal. Uma acareação entre os dois ainda não foi descartada.



Outra novidade importante, ainda não confirmada pelos policiais, é de que o homem que estaria com o celular de Longo já estaria identificado. O aparelho telefônico é visto como peça fundamental para traçar os passos do padrasto de Joaquim nas horas posteriores ao crime.

A defesa de Longo já entrou com pedido de habeas corpus para libertá-lo da prisão, mas a solicitação ainda não obteve resposta da Justiça.


R7


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