quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Desaparecimento de Joaquim completa um mês e população marca ato para cobrar punição

Padrasto é apontado como principal suspeito pelo crime; ele e mãe do menino estão presos

No dia em que o desaparecimento do menino Joaquim completa um mês, uma manifestação está prevista para acontecer em frente à casa onde a criança morava, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. O ato, que também está sendo divulgado via rede social, foi marcado para às 18h desta quinta-feira (5).

O caso provocou comoção e revolta. Desde que se tornou público, a população tem realizado protestos, incluindo, na porta da delegacia em que a investigação é realizada. O imóvel da família se tornou ponto de homenagens à vítima. Em diferentes momentos, cartazes foram colocados no portão da residência.

No Facebook, páginas foram criadas para acompanhar os desdobramentos da apuração da polícia e para cobrar justiça. Uma delas conta com quase 45 mil adesões.

Os internautas também criaram uma petição virtual. O abaixo-assinado pede “um Código Penal mais rigoroso” e “condenações mais severas para assassinos e criminosos em geral”. O objetivo, segundo o autor da ideia, é inibir a criminalidade.

A indignação que o assassinato do menino causou fica ainda mais explícita em uma das reivindicações da petição: o autor sugere “prisão perpétua para crimes hediondos”. Até às 19h30 desta quarta-feira (4), a iniciativa contava com o apoio de 941 pessoas.

“Queremos penas maiores, que sejam cumpridas 100% do tempo em que o réu for condenado. Sem diminuição por bom comportamento, sem regalias. Prisão perpétua para crimes hediondos. Mudança nas leis brasileiras urgente! Queremos justiça para todos os crimes e em especial para o que esta deixando o Brasil no momento abalado: Joaquim Ponte Marques”.

O abaixo-assinado está sendo replicado em comunidades e perfis da rede social. Em uma postagem, feita para divulgar a petição, os internautas são chamados a participar: “Já opinamos, agora vamos agir! Assinem!”

Investigação

O principal suspeito pela morte do garoto é o padrasto dele, o técnico em informática Guilherme Longo. Longo e a mãe de Joaquim, a psicóloga Natália Mingoni, tiveram a prisão temporária decretada no último domingo (10), mesmo dia em que o corpo do menino, que tinha três anos, foi localizado por pescadores boiando no rio Pardo, em Barretos, interior de São Paulo.

Uma das hipóteses cogitadas é de que a vítima tenha morrido em razão de uma dose excessiva de insulina — Joaquim era diabético. A polícia aguarda laudos do IML (Instituto Médico Legal) e da Polícia Científica. O que já está confirmado é que a criança foi atirada no rio sem vida, porque não havia água nos pulmões dela.

Na versão dos dois suspeitos, o garoto sumiu do quarto durante a madrugada da última terça-feira (5), em Ribeirão Preto, cidade vizinha de Barretos. No mesmo cômodo, dormia um bebê de quatro meses, filho do casal.

O padrasto foi levado para a Delegacia Seccional de Barretos. Já a psicóloga está na Cadeia Feminina de Franca.

R7


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