Promotor entende que mãe foi omissa e pede à Justiça que casal fique preso até o julgamento
SÃO PAULO – O promotor de Justiça Marcus Túlio Alves Nicolino entregou nesta quinta-feira à Justiça de Ribeirão Preto, no interior paulista, denúncia por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, emprego de meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima) contra o técnico em TI Guilherme Longo e a psicóloga Natália Ponte, respectivamente, padrasto e mãe do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos. A criança desapareceu de casa, em Ribeirão Preto, no dia 5 de novembro do ano passado. O corpo dela corpo foi encontrado em um rio, na cidade de Barretos, dias depois.
Segundo o promotor, Longo foi denunciado também por ocultação de cadáver. Natália, na opinião dele, foi omissa e colaborou para o crime. No inquérito policial sobre o caso, a mãe de Joaquim não foi indiciada pelo delegado Paulo Henrique Martins de Castro. Além da denúncia, Nicolino pediu à Justiça também que o casal fique preso preventivamente até o julgamento do crime.
- Ela é penalmente responsável, por omissão. Permitiu que o crime ocorresse – diz o promotor.
- Endossei o pedido de prisão preventiva feito pelo delegado à Justiça em relação ao Guilherme. E acredito que a prisão de ambos é necessária para conveniência da instrução criminal e garantia da ordem pública – acrescenta.
O promotor espera que a Justiça decida sobre o pedido das prisões até esta sexta-feira. Em relação à aceitação ou não da denúncia, isso só deve ocorrer na próxima semana, em razão do recesso judiciário.
Ambos, Polícia Civil e Promotoria, creem que Longo matou o menino Joaquim, que era diabético, com uma superdosagem de insulina.
O padrasto está preso na Delegacia Seccional de Barretos desde o início das investigações. Já a mãe do menino, Natália, ficou presa durante 31 dias na Cadeia Feminina de Franca, interior de SP, e foi solta no dia 11 de dezembro, após vencer o prazo do primeiro pedido da Polícia Civil de prisão temporária por trinta dias.
O Globo
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