segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Detetive usa teste de DNA para revelar que Jack, O Estripador era um barbeiro polonês


Aaron Kosminski, um imigrande judeu, tinha 23 anos quando cometeu os crimes, diz autor de livro

RIO - Mais de 120 anos depois do assassinato de suas cinco vítimas, a identidade de Jack, o Estripador finalmente pode ter sido revelada. Se análises de DNA estiverem corretas, o serial-killer mais famoso do mundo se chamada Aaron Kosminski, de 23 anos, um imigrante polonês que trabalhava em Londres como barbeiro.

O detetive que arroga para si a descoberta é Russell Edwards, de 48 anos, que mora ao norte da capital inglesa. Edwards conta que ficou cativado com o mito por trás dos assassinatos de Jack, e ficou durante 14 anos investigando o mistério.

A chave para a elucidação dos crimes foi um xale utilizado por Catherine Eddowes, uma das vítimas de Jack, morta em agosto de 1888. A vestimenta, marcada com sangue e inclusive com registros de sêmem, foi retida pelo sargento Amos Simpson, que estava de plantão na noite da morte de Eddowes e guardou a peça para sua esposa.

Desde então, o xale passou de gerações e gerações até ir à venda em um leilão em 2007. Sem titubear, Edwards deu o maior lance e levou o xale. Com a ajuda do Jari Louhelainen, especialista em biologia molecular, Edwards usou técnicas pioneiras para analisar o DNA do xale durante três anos e meio.

Russell Edwards investiga xale usado por uma das vítimas de Jack, o Estripador - / Divulgação



Os resultados do teste foram cruzados com o bloco de notas do inspetor-chefe Donald Swanson, que liderou a investigação contra Jack à época e registrou um suspeito chamado "Kosminski", dizendo que ele era um judeu polonês de “baixa classe” e teve a vida familiar em Whitechapel. As anotações foram doadas pelos descendentes de Swanson para o Museu do Crime da Scotland Yard, em 2006.

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Dentre os registros, há a passagem dizendo que Kosminski "tinha um grande ódio de mulheres... com fortes tendências homicidas". Os testes de DNA também foram cruzados com o cadastro de sindicatos da época, indicando que Kosminski ganhava a vida como barbeiro.

Com a identidade de Jack já revelada, Edwards investigou então toda a história por trás de Kosminski, que tinha fugido da Polônia por conta da onda anti-semita da época que matava judeus na Rússia e no Leste Europeu. Em 1881, o assassino chegou a Londres, indo morar em Mile End. Mesmo sem nunca ter sido descoberto por seus crimes, Kosminski passou por uma sequência de manicômios, até morrer em 1899 depois de contrair gangrena na perna.

Toda a história de Jack e os bastidores da investigação que relevaria a identidade do vilão mais famoso do mundo virarão o livro “Identificando Jack, o Estripador”, que será lançado por Edwards nesta terça-feira.

O Globo

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