segunda-feira, 29 de junho de 2015

Crianças em zonas de conflito precisam de US$ 2,3 bilhões para ir à escola, diz Unesco

Alunos de uma escola evangélica em Canaan, no Haiti - Rebecca Blackwell / AP

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Meta sugerida é que 4% da ajuda humanitária seja direcionada para a educação

LONDRES - As 34 milhões de crianças que estão fora da escola em países afetados por conflitos precisam de US$ 2,3 bilhões para que consigam ser escolarizadas, dez vezes o total que recebem atualmente em ajuda para a educação, segundo uma declaração dada pela agência de educação das Nações Unidas, a Unesco, nesta segunda-feira.

— Voltar para a escola pode ser a única centelha de esperança e de normalidade para muitas crianças e jovens em países mergulhados em crises — disse a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova. — A educação deve ser vista como parte da primeira resposta quando a crise bate.

A meta sugerida em vigor desde 2011 é que 4% da ajuda humanitária seja direcionada para a educação, mas esse setor, no ano passado, recebeu apenas 2% do valor total, de acordo com um comunicado da Unesco.

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— As metas atuais são imensamente insuficiente e desviam a atenção das verdadeiras necessidades das crianças e jovens em suas regiões — afirmou Aaron Benavot, diretor para o Relatório de Monitoramento Global (RMG), na Unesco.

Crianças e adolescentes em países afetados por conflitos, particularmente as meninas, são muito mais propensos a ficar fora da escola do que os de outros países, assinalou o RMG no comunicado. De acordo com a Unesco, mesmo que a meta de 4% fosse alcançada em 2013, 15,5 milhões de crianças e jovens ainda teriam ficado sem receber ajuda humanitária para a educação.

Apenas 4% dos apelos feitos por ajuda à educação em todo o mundo receberam metade de todo o financiamento humanitário para o setor, observa o relatório, sendo que o Chade e o Congo se saíram particularmente mal. Já o Haiti, o Sudão e os países afetados pelo tsunami asiático 2005 foram mais bem-sucedidos.

O GLOBO

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