O julgamento da mulher acusada de ter matado oito de seus filhos ao
longo de 20 anos teve início nesta quinta-feira (25) no tribunal de
Douai (norte da França), onde compareceu chorando.
Dominique Cottrez, ex-assistente de enfermagem de 51 anos, admitiu ter
matado seus bebês a partir de 1989. Os crimes foram cometidos sem que
sua família soubesse sequer que ela tinha ficado grávida.
O caso foi descoberto em 2010 quando o novo proprietário da casa que
havia sido dos pais de Dominique Cottrez encontrou dois corpos de
recém-nascidos enterrados no jardim.
A mulher confessou à polícia que guarda em casa outros corpos de seus
filhos, estrangulados ao nascer, mas não sabia dizer quantos ao todo. No
local, foram encontrados outros seis cadáveres.
A justiça questionou se era possível que seu marido e suas duas filhas
pudessem ignorar os assassinatos, já que os corpos chegaram a ser
guardados em cestos de roupa suja, armários e na garagem da casa.
A questão acabou sendo abandonada ante as alegações de que a obesidade mórbida da mulher facilitou a ocultação das gestações.
Em suas declarações, Dominique Cottrez evocou o medo de que os bebês
fossem filhos de seu próprio pai, com quem teve uma relação incestuosa
até sua morte em 2007.
Os exames revelaram, no entanto, que todos os bebês eram filhos de seu marido.
O processo gira em torno do que leva uma mãe a matar o filho ao qual
acaba de dar à luz e os especialistas parecem unânimes a destacar os
problemas psicológicos da acusada. O advogado de defesa alega "negação
da gravidez".
Fonte: G1
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