terça-feira, 7 de julho de 2015

Casal é preso no DF por abuso sexual, agressão e morte de filha de 3 anos

Raquel Morais  
Do G1 DF

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um casal suspeito de violentar sexualmente, espancar e matar a filha de 3 anos. O crime aconteceu em novembro do ano passado na região administrativa de São Sebastião, mas as circunstâncias só foram divulgadas na quinta-feira (2). Os pais da garota – um motoboy e uma universitária – negam as agressões.

De acordo com o delegado André Leite, o casal levou a garota para a UPA em um domingo alegando que ela estava vomitando e tinha febre. A menina morreu cerca de três horas depois. O Conselho Tutelar recebeu uma denúncia anônima a respeito, e o caso foi encaminhado para a delegacia da região.
Durante as investigações, os pais afirmaram supor que a menina tivesse sido agredida na creche ao longo da semana. Os laudos do Instituto Médico Legal apontaram, porém, que a menina sofreu um golpe na cabeça instantes antes de ser levada à unidade de saúde. Ela tinha manchas roxas no pescoço, nas costas e perto dos ombros, além de indícios de estupro.
“O conjunto de lesões apresentadas é visivelmente compatível com violência sexual. Não houve penetração, mas possivelmente essa violência sexual foi provocada com a introdução de um dedo. Essas lesões podem ter sida produzidas até dois dias antes da morte, mas o fator determinante foi mesmo esse golpe que aconteceu horas ou minutos antes da entrada na UPA”, explica o delegado.

A corporação ouviu ainda todos os funcionários da creche que a criança frequentava. A irmã da menina, atualmente com 2 anos, mora com a avó materna, mas vai ser encaminhada para o Conselho Tutelar e também deve passar por exames.
“Eles seguem negando, evocam justiça divina, mas não souberam ao mesmo tempo explicar como, porque, com o quê a garota foi atingida”, diz Leite. “O quadro que se desenha é de um pai que tenha se excedido e uma mãe que foi conivente ou tenta acobertar a versão do pai. É inverossímil que uma criança não tenha gritado após receber o golpe, que ela não tenha percebido.”
O casal está preso temporariamente e vai responder por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e tortura. Se condenados, o pai e a mãe da criança podem passar mais de 20 anos presos.

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