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quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Primo de abandonado em BRT no Rio diz que pais 'não deram sinal de vida'
Primo de abandonado em BRT no Rio diz que pais 'não deram sinal de vida'
O primo do menino de 3 anos que foi abandonado por uma mulher no terminal Alvorada do BRT na última quinta-feira (13) disse que os pais da criança, Nardyne Dias e Deonir Lima Sales, continuam desaparecidos.
“Os pais não deram sinal de vida e tudo indica que aconteceu alguma coisa. A única coisa que estava anormal eram os documentos que estavam queimados no canto do quintal. Tinha notebook, tablet e som roubado", disse Carlos Silva, primo do menino. "Eles eram supertranquilos, eu passava o dia lá. Não tinham inimigos, e a família era superunida”, contou.
Carlos disse ainda que a mulher flagrada nas imagens abandonando a criança não é a mãe e nem a avó paterna do menino.
“A mãe era magra, de pequena estatura, cabelo curto. O cabelo da mulher [nas imagens] é maior. Tenho certeza de que não é ela”, disse Carlos.
Nem a família, nem os investigadores conseguiram identificar a mulher que abandonou o menino no quiosque de uma empresa telefônica no terminal. Ela contou à vendedora que tinha acabado de encontrar a criança e que ela estava perdida, mas as câmeras mostraram que a mulher pegou o ônibus na estação de Santa Cruz com o menino, e eles desembarcaram, uma hora depois, no terminal Alvorada.
Por ordem da Justiça, a criança está temporariamente na casa de uma família acolhedora.
Celular foi rastreado
Os policiais rastrearam o celular do pai do menino e descobriram que o aparelho estava em uma favela próxima ao local onde a família morava. Os agentes foram até lá, mas não encontraram o telefone.
Parentes estiveram na Cidade da Polícia, em Bonsucesso, neste domingo (16) para prestar depoimento.
O irmão de Nardyne também afirmou que a mulher que aparece nas imagens não é a mãe da criança.
“Não é a minha irmã nas imagens. A Nardyne não tem aquele cabelo tão comprido. Quando eu soube que meu sobrinho tinha sido abandonado, eu liguei para o meu cunhado e para minha irmã, mas o telefone deles está desligado até hoje”, contou Pedro Dias, irmão de Nardyne, ao G1.
Pedro disse que desconhece a mulher que aparece nas imagens com o sobrinho no terminal do BRT. Segundo ele, Nardyne, que mora em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, tem problemas com a família do marido. "Já chegou a ter agressão física, mas isso foi ano passado", revelou, sem dar mais detalhes.
A irmã de Nardyne, Luana Linhares, disse ao G1 neste domingo, após prestar depoimento, que não daria informações sobre o caso.
Fonte: G1
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