Meta recomendada pela Unesco é de, no mínimo, duas obras por habitante adulto
Dos 96 distritos da cidade de São Paulo, apenas dois têm, nas bibliotecas e nos pontos de leitura municipais, mais de dois livros por habitante. Apenas os distritos da Sé (na região central), com 16,59, e da Liberdade (também no centro), com 2,6, atingem esse patamar. Do total de distritos, 90 não conseguem chegar à marca de um livro por morador, segundo dados do Observatório Cidadão da ONG Nossa São Paulo.
A meta, recomendada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), é, no mínimo, dois livros por habitante adulto, destaca Maurício Broinizi Pereira, um dos coordenadores do Movimento Nossa São Paulo.
- Uma realidade que já era ruim e piorou significamente é que o Poder Público simplesmente não investe em bibliotecas populares. A prefeitura reformou a Biblioteca Municipal, mas a periferia continua à míngua. Além de não ter investimento ainda está diminuindo o número de livros.
Segundo os dados da ONG, em 2010, a média do município era 0,22 livro por adulto. Em 2006, era 0,27. Em números absolutos, o acervo total da cidade caiu de 2.254.631 obras, em 2006, para 1.962.102, em 2010. Na distribuição por distrito, a desigualdade é evidente: a diferença entre a região com mais livros e a com menos é 1.978 vezes, ressalta Pereira.
- A região central de São Paulo tem uma concentração muito grande de livros e bibliotecas. Mas, em praticamente toda a periferia, em 90 distritos da cidade, a média de livros está abaixo de um por habitante da região. Isso revela que não há prioridade de levar os equipamentos culturais para a periferia da cidade.
De acordo com a Nossa São Paulo, na comparação por subprefeitura, a exclusão cultural dos paulistanos que moram longe do centro fica ainda mais evidente. São Mateus e Cidade Ademar, regiões da periferia da cidade, que reúnem 635.593 pessoas com 15 anos ou mais, não tinham, em 2010, um só livro disponível à população em equipamentos públicos de cultura.
- Em São Mateus, um Ponto de Leitura foi inaugurado em dezembro de 2010, o que, para a atualização do indicador em 2011, pode representar uma melhora.
Procurada, na última sexta-feira (22), a Secretaria de Cultura da prefeitura disse que iria procurar conhecer os números apresentados na pesquisa antes de se pronunciar.
Dos 96 distritos da cidade de São Paulo, apenas dois têm, nas bibliotecas e nos pontos de leitura municipais, mais de dois livros por habitante. Apenas os distritos da Sé (na região central), com 16,59, e da Liberdade (também no centro), com 2,6, atingem esse patamar. Do total de distritos, 90 não conseguem chegar à marca de um livro por morador, segundo dados do Observatório Cidadão da ONG Nossa São Paulo.
A meta, recomendada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), é, no mínimo, dois livros por habitante adulto, destaca Maurício Broinizi Pereira, um dos coordenadores do Movimento Nossa São Paulo.
- Uma realidade que já era ruim e piorou significamente é que o Poder Público simplesmente não investe em bibliotecas populares. A prefeitura reformou a Biblioteca Municipal, mas a periferia continua à míngua. Além de não ter investimento ainda está diminuindo o número de livros.
Segundo os dados da ONG, em 2010, a média do município era 0,22 livro por adulto. Em 2006, era 0,27. Em números absolutos, o acervo total da cidade caiu de 2.254.631 obras, em 2006, para 1.962.102, em 2010. Na distribuição por distrito, a desigualdade é evidente: a diferença entre a região com mais livros e a com menos é 1.978 vezes, ressalta Pereira.
- A região central de São Paulo tem uma concentração muito grande de livros e bibliotecas. Mas, em praticamente toda a periferia, em 90 distritos da cidade, a média de livros está abaixo de um por habitante da região. Isso revela que não há prioridade de levar os equipamentos culturais para a periferia da cidade.
De acordo com a Nossa São Paulo, na comparação por subprefeitura, a exclusão cultural dos paulistanos que moram longe do centro fica ainda mais evidente. São Mateus e Cidade Ademar, regiões da periferia da cidade, que reúnem 635.593 pessoas com 15 anos ou mais, não tinham, em 2010, um só livro disponível à população em equipamentos públicos de cultura.
- Em São Mateus, um Ponto de Leitura foi inaugurado em dezembro de 2010, o que, para a atualização do indicador em 2011, pode representar uma melhora.
Procurada, na última sexta-feira (22), a Secretaria de Cultura da prefeitura disse que iria procurar conhecer os números apresentados na pesquisa antes de se pronunciar.
Agência Brasil
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