segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Tenente-coronel acusado de mandar matar juíza irá para presídio federal

Acusado de mandar matar juíza, tenente-coronel Cláudio Luiz sorriu durante julgamento | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia


Rio - Os onze policiais militares acusados de envolvimento na morte da juíza Patrícia Acioli, em agosto deste ano, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, serão julgados pelo Tribunal do Júri. A decisão é do juíz Peterson Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói. O magistrado determinou ainda a transferência para presídio federal do tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira e do tenente Daniel Santos Benitez Lopez pelo prazo de 180 dias.


De acordo com as investigações, Cláudio, então comandante do 7º BPM (São Gonçalo), seria o mentor do crime. Benitez um dos executores. O juiz decidiu ainda que Jeferson de Araújo Miranda, que colaborou com as investigações mas mudou a versão em depoimento, deve ser transferido da Delegacia Antissequestro (DAS) para presídio de segurança máxima.


Cabo confirma que atirou várias vezes em Patrícia

O cabo do 7º BPM (São Gonçalo) Sérgio Costa Júnior, um dos 11 policiais militares acusados de participação na morte da juíza Patrícia Acioli, reafirmou durante interrogatório feito pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Niterói, Peterson Barroso Simão, sua participação na morte da magistrada. Beneficiado pela delação premiada, Costa endossou seu primeiro depoimento à Justiça, dado há um mês, quando revelou detalhes do crime.


“Disparei vários tiros de pistola calibre 45 (contra Patrícia, que chegava de carro em casa, em Piratininga, no final da noite de 11 de agosto). A arma falhou, e aí peguei a ponto 40 que estava na minha cintura e também atirei com ela. O Benitez (tenente Daniel dos Santos Benitez Lopos) também disparou contra ela, usando um revólver 38”, afirmou o cabo. Vinte e um tiros atingiram a vítima.


O PM voltou a afirmar que Benitez foi quem pilotou a moto — em que ele estava na garupa — usada para perseguir o carro de Patrícia do Fórum de Niterói até a casa da juíza, e que outros PMs, entre eles os cabos Jeferson de Araújo Miranda e Jovanis Falcão Junior, também tiveram participação ativa na trama para matar a magistrada.


Costa Júnior disse ainda que foi Benitez quem teve a ideia de matar Patrícia. “No final de maio, ele falou sobre o assunto com a equipe do GAT (Grupamento de Ações Táticas), mas nem todos os integrantes do grupo, que tem 10 PMs, aceitaram”, comentou, ressaltando que, dias antes da morte da juíza, os assassinos teriam tentado surpreender a magistrada pelo menos por duas vezes, sem sucesso.


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