sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Pizzaiolo é preso suspeito de estuprar o próprio enteado de apenas 11 anos na Serra


Um pizzaiolo de 31 anos foi preso por suspeita de estupro na noite de quinta-feira (10), no bairro Nova Carapina, na Serra. A vítima é o próprio enteado do suspeito, um menino de apenas 11 anos.

No DPJ da Serra, o homem chegou a chorar. Ele negou o crime, apesar de exames apontarem indícios da violência. “Eu estou sendo acusado, mas não fiz nada não. Ele confirmou, mas eu não tenho porque mentir, porque já estou preso. Porque eu mentiria?”, disse o homem.

A criança, que era tranquila, ficou agressiva depois do abuso. A mudança de comportamento do filho despertou a atenção da mãe, que chamou o garoto para conversar e descobriu os abusos praticados pelo padrasto.

“De uns tempos para cá, ele começou a ficar mais acanhado, a apresentar um comportamento mais quieto, não conversava com ninguém. A partir disso, a mãe foi pressionando para ver o que estava acontecendo. Ontem [quinta], ele tomou coragem, contou para a mãe e ela acionou a Polícia Militar”, disse o delegado Rodrigo Sandi Mori.

De acordo com a polícia, os abusos aconteceram em cinco ocasiões. Em todas as vezes, o pizzaiolo ameaçava matar a mãe do menino caso o enteado contasse o que acontecia entre eles. “O padrasto o ameaçava de morte, falava para ele tirar a roupa. Quando ele tirava a roupa, ocorria o ato sexual. O menino relata que havia penetração. Depois do ato, ele falava para o menino não contar para ninguém ameaçando matar a mãe da criança”, contou o delegado.

O suspeito diz que está sendo vítima de vingança da mulher por conta de uma suposta traição. “Devido a umas falhas minhas em relação à conversas com mulheres na internet, ela supostamente perdoou. Ela sempre tocava nesse assunto e falava que uma hora faria alguma coisa comigo, me acusaria de alguma coisa e que eu teria que sair da vida dela de uma vez. Eu creio que possa ter sido armação dela sim”, afirmou o suspeito.

Mas a alegação do suspeito não convenceu o delegado responsável pelas investigações, que vai encaminhar o caso para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. “Para a polícia, é convincente o depoimento do menino. Esse caso vai ser encaminhado para a DPCA e lá eles vão investigar melhor o ocorrido”, comentou o Rodrigo Sandi Mori.

Folha Vitoria

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