segunda-feira, 4 de março de 2013

Assistente de acusação acredita que choro de Bruno no júri seja ‘cena’


José Arteiro voltou a falar na possibilidade de acordo para redução de pena.
Goleiro é acusado de planejar morte da ex-amante Eliza Samudio, em 2010


Antes de o júri ser retomado na tarde desta segunda-feira (4), o advogado José Arteiro, assistente de acusação do caso Eliza Samudio, falou sobre a postura de Bruno Fernandes no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O goleiro chorou no fim desta manhã diante dos presentes no tribunal. “Ele sempre veio como príncipe etíope e agora recebeu nova instrução dos advogados e chorou. Isso é cena. Porque durante todas as audiências e no primeiro julgamento, ele sempre estava sorrindo como se nada estivesse acontecendo com ele,” avaliou.

(A partir desta segunda, dia 4, acompanhe no G1 a cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno.)

Arteiro também afirmou que espera a confissão de Bruno e, caso isso aconteça, voltou a falar na possibilidade de um acordo para que haja redução da pena. “Se ele confessar, estou perfeitamente disposto a ajudá-lo a cumprir uma pena menor. Mas, se ele quiser insistir na tese de empurrar toda a culpa para o Macarrão, ai eu vou lutar para ele ficar mais de 40 anos naquele presídio Nelson Hungria e sem direito a frigobar e nem whisky na cela”, disse o assistente de acusação.

Bruno é acusado de planejar a morte da ex-amante Eliza Samudio, em crime ocorrido em 2010. Ele responde pela morte e ocultação de cadáver da modelo de 25 anos e pelo sequestro e cárcere privado do filho que teve com a jovem. O julgamento da ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, também começou na manhã desta segunda-feira. Ela responde por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza.

Júri escolhido
Cinco mulheres e dois homens vão compor o Conselho de Sentença que dará o veredicto – culpado ou inocente – no júri popular do goleiro e de sua ex-mulher Dayanne Rodrigues. Ele é réu pela morte e ocultação de cadáver da ex-amante de 25 anos e pelo sequestro e cárcere privado do filho que teve com a jovem. Ela responde pelo crime de sequestro e cárcere privado da criança.

O julgamento começou às 11h45, depois que a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues negou a retirada do atestado de óbito de Eliza Samudio do processo e disse que não é possível suspender o júri em razão de um recurso sobre o assunto, que aguarda decisão.

O advogado do goleiro Bruno, Tiago Lenoir, disse na porta do Fórum de Contagem que o julgamento não poderia ser realizado. A juíza Marixa afirmou, no entanto, que o tipo de recurso apresentado pela defesa não possui "efeito suspensivo".

A juíza negou todos os pedidos da defesa, que pretendia adiar o julgamento. Segundo ela, os advogados tiveram acesso a todos os documentos da ação, que agora alegam não estarem disponíveis.

A previsão é que o julgamento dure cinco dias Bruno é acusado de planejar a morte da ex-amante Eliza Samudio, em crime ocorrido em 2010. Ele responde pela morte e ocultação de cadáver da modelo de 25 anos e pelo sequestro e cárcere privado do filho que teve com a jovem. O julgamento da ex-mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues, também começou na manhã desta segunda-feira. Ela responde por sequestro e cárcere privado do filho de Eliza.

O crime
O goleiro, que na época do crime era titular do Flamengo, é acusado pelo Ministério Público de planejar a morte para não precisar reconhecer o filho que teve com a modelo nem pagar pensão alimentícia.

Conforme a denúncia, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para um sítio do goleiro, em Esmeraldas (MG), onde foi mantida em cárcere privado. Depois, a vítima foi entregue para o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que a asfixiou e desapareceu com o corpo, nunca encontrado. Para a Justiça, a ex-amante do jogador foi morta em 10 junho de 2010, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A certidão de óbito foi emitida por determinação judicial.

O bebê Bruninho, que foi achado com desconhecidos em Ribeirão das Neves (MG), hoje vive com a avó em Mato Grosso do Sul. Um exame de DNA comprovou a paternidade.

Acusados e condenados
A Promotoria afirma que, além de Bruno, mais oito pessoas tiveram participação nos crimes. Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, amigo de Bruno, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do atleta, foram condenados em júri popular realizado em novembro de 2012.

No dia 22 de abril, Bola será julgado. Em 15 de maio, enfrentarão júri Elenílson Vitor da Silva, caseiro do sítio, e Wemerson Marques de Souza, amigo de Bruno. Sérgio Rosa Sales, primo de Bruno, foi morto a tiros em agosto de 2012. Outro suspeito, Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi absolvido (saiba quem são os réus).

Jorge Luiz Rosa, outro primo do goleiro, era adolescente à época do crime. Cumpriu medida socioeducativa por crimes similares a homicídio e sequestro. Atualmente tem 19 anos e é considerado testemunha-chave do caso.

G1

Um comentário:

  1. A defesa, como as de todos assassinos, armando peças teatrais.
    Olhando bem, parece que estão dizendo:chora, mas ele parece estar rindo.
    PALHAÇADA!!!!!!

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