terça-feira, 26 de março de 2013

Suspeita confessa ter ajudado mãe a procurar criança morta no RJ


Manicure frequentava a casa da família há dois anos.
Escola admite que houve falha na segurança.


manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, suspeita de matar João Felipe Eiras Santana Bichara, de 6 anos, nesta segunda-feira (25), em Barra do Piraí, no Sul Fluminense, chegou a consolar a mãe da criança depois de cometer o crime. Mesmo sabendo que a criança não estaria na escola, Suzana chegou a acompanhar a mãe do menino até o local. “Eu fui na escola”, afirmou ao G1.

A criança foi encontrada morta dentro de uma mala na casa da manicure após desaparecer na tarde de segunda. Ela foi presa em flagrante e indiciada por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, emboscada e por ocultação de cadáver. Suzana, segundo a polícia, ligou para o colégio, se passou pela mãe de João Felipe e pediu para liberar o menino para ir ao médico.

Ao G1, a advogada do Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira, Tânia Maria Ferreira Moraes, admitiu falha na segurança da escola ao entregar o menino, mas alegou que a história foi muito bem planejada. “Até na escola com a mãe ela (manicure) veio. Não vamos dizer que não houve falha, houve. Mas era uma riqueza muito grande de detalhes sobre o menino e a família dele. Ela arquitetou tudo muito bem”, afirmou Tânia.

De acordo com Tânia, Suzana ligou para a escola, se identificou como a mãe da criança, deu o nome completo do menino, da professora e a turma em que ele estudava. “Ela disse que a babá havia esquecido que ele tinha médico marcado e que a Manuela (madrinha) passaria de táxi para buscá-lo”.

Ainda segundo a advogada, 20 minutos depois da primeira ligação, a manicure teria ligado novamente perguntando se o menino já estava pronto, pois o táxi estava chegando. Apesar de afirmar que o fato é isolado, a direção da escola garantiu que vai tomar algumas providências e que pretende instalar câmeras de segurança no colégio. Na manhã desta terça a escola colocou um tecido preto pendurado no portão como forma de luto. As aulas foram suspensas.

Criança foi enterrada nesta manhã
O crime chocou os moradores do município de pouco menos de 100 mil habitantes do interior do Rio de Janeiro. O corpo da vítima foi encontrado em uma mala na casa de Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, que era manicure da mãe do menino, na noite de segunda (25). Ela confessou ter cometido o crime.

A mulher foi presa em flagrante e indiciada por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel, emboscada e por ocultação de cadáver.

O enterro foi realizado na manhã desta terça no Cemitério Recanto da Paz, no Centro da cidade, e o sentimento era de muita revolta e indignação. A avó materna de João Felipe, identificada apenas como Tereza, saiu do local amparada por outros familiares. Inconsolável, ela chorava muito e gritava "por que meu Deus?".

Muito abalada, a mãe do menino, Aline Bichara, era consolada por parentes e amigos na saída do cemitério. “Ela destruiu ele”, gritava.

Confissão
Na manhã desta terça, Suzana disse ao G1 que teve um relacionamento amoroso com o pai da criança. Ela não quis dizer por quanto tempo. A manicure contou que comentou com o amigo Rafael, taxista, que queria dar um susto no pai do menino para que ele parasse de “ficar atrás dela”. “Ele não era do tipo que sabia ouvir um não”, disse a manicure sobre o pai da criança. A polícia afirma que ela deu cinco versões diferentes para o crime. O G1 não conseguiu falar com a família do garoto sobre as versões apresentadas pela suspeita.

O taxista teria, então, sempre na versão de Suzana, chamado um outro homem para participar do “susto”. Segundo ela, este homem, cujo nome ela não informou, teria dito o que ela deveria fazer, o que teria que dizer quando ligasse para a escola.

Embora Suzana tenha dito que não cometeu o crime sozinha, as investigações indicam que ela não teve ajuda de ninguém. O caso é investigado na 88ª DP (Barra do Piraí).

Suzana confessou que pegou a toalha molhada e asfixiou o menino, sob ameaça dos outros dois. Segundo ela, o recepcionista do hotel seria conivente com o crime. A criminosa disse que o combinado com os outros dois era de que o corpo da criança seria levado para sua casa e, posteriormente, Rafael e o comparsa iriam buscá-lo.

O delegado José Mário Romena, contudo, descarta esta versão, bem como o envolvimento de outras pessoas no caso, porque, segundo ele, o recepcionista identificou o menino, através do movimento feito pelos pais nas redes sociais, entrou em contato com o taxista, que teria ido até a delegacia. Segundo o delegado, o crime foi passional. José Mário Romena disse que Suzana planejou o crime, já que conhecia a rotina da família e o executou sozinha.

G1

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