sábado, 2 de novembro de 2013

Seminário reúne 500 jovens para debater violência infantojuvenil

Autonomia, realização, superação. Incentivar esses fatores é o objetivo na reunião de 500 jovens vítimas de violência sexual, em Brasília, para trocar suas experiências no 4º Seminário Nacional ViraVida, entre 31 de outubro e 2 de novembro. No primeiro dia, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, assinou o decreto que adota o projeto ViraVida como um programa oficial de políticas públicas do governo distrital, tornando-se piloto para atingir também outros estados.

Com o tema “Poder Jovem – Inovar e Transformar”, o evento pretende mostrar como educação e capacitação profissional podem transformar a vida e resgatar a cidadania dos jovens vítimas de violência. “Esse é um resgaste de vida, não só de autoestima. Esses jovens têm talento, inteligência, precisam apenas de oportunidade para mostrar capacidades”, conta o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli, ao Promenino. “Eles não vem para o seminário apenas para ouvir palestras sobre experiências, mas sim também mostrar o seu poder”.

Cerca de três mil crianças de escolas públicas do Distrito Federal, além de representantes de instituições públicas, privadas e ONGs, poderão participar das oficinas, palestras e debates sobre questões ligadas à juventude até sábado, relacionando cuidados com a saúde, sexualidade, redes sociais, emprego e empreendedorismo, no seminário.

“Esses jovens mostram diariamente sua autonomia. Temos um jovem que participa do projeto que se tornou professor em mecatrônica, por exemplo. Por isso a troca de experiências como pilar para mostrar que há caminhos de superação”, ressalta Meneguelli.

Durante o seminário, os participantes do projeto escreverão a Carta da Juventude ViraVida, manifesto que expõe os desejos dos participantes por uma sociedade mais justa, democrática e sustentável. O documento será entregue à presidenta Dilma Rousseff.

ViraVida

O 4º Seminário Nacional ViraVida faz parte do projeto ViraVida, criado em 2008, pelo Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria), que atende jovens com idade entre 16 e 21 anos, de baixa renda e com histórico de violência sexual. Durante um ano, o projeto prepara os beneficiados para o mercado de trabalho, oferecendo cursos técnicos profissionalizantes e educação básica, além de atendimento psicossocial, médico e odontológico. Atualmente, o programa está presente em 23 cidades, de 19 estados brasileiros e já atendeu mais de 3,7 mil jovens.

promenino

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