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sábado, 30 de agosto de 2014
Adolescentes são explorados como "homens-seta" por incorporadoras
Para promover empreendimentos imobiliários, uma incorporadora fez dois garotos, de 16 e 14 anos, usarem placas em formato de seta penduradas no pescoço. O flagrante, da reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, explica, com detalhes, a rotina dos dois adolescentes de Suzano, região metropolitana de São Paulo, explorados pelo trabalho infantil.
Aos sábados e domingos, o garoto mais velho ficava parado por horas em uma esquina da região central. A poucos quarteirões dali, o outro menino carregava em sua mochila o almoço: um pacote de bolachas e uma garrafa de suco.
A procuradora do Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP), Elisiane Santos, orienta que situações como essa e outras formas de trabalho infantil sejam denunciadas por meio do Disque 100 ou pelo site do MPT, de forma sigilosa.
"Nas ruas, a criança ou o adolescente está sujeito a intempéries, a riscos de acidentes, vulnerável a abusos, cooptação, aliciamento e a outras violações de direitos. O índice de acidentes de trabalho nas ruas é muito alto. Por lei, qualquer trabalho perigoso, noturno ou insalubre é vetado a menores de 18 anos", explica à reportagem.
promenino
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