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sexta-feira, 26 de setembro de 2014
Turista na Argentina passa 14 dias em coma e pede ajuda para voltar ao DF
Contador de Brasília foi atropelado por ônibus no penúltimo dia de férias.
Traslado foi estimado em R$ 150 mil; Itamaraty diz que não pode bancar.
Internado há 23 dias após ser atropelado por um ônibus durante as férias na Argentina, o contador Thiago Henrique de Freitas, de 28 anos, ainda não sabe como voltar a Brasília. Ele sofreu traumatismo craniano depois de ser atingido quando atravessava a Rua Florida, em Buenos Aires, e foi levado para o Hospital General de Agudos Dr. Cosme Argerich, onde passou duas semanas em coma induzido. Freitas está consciente, mas não pode falar por ter passado por traqueostomia.
A instituição liberou a volta para o país desde que ele consiga UTI aérea. A família diz que não tem condições de arcar com o traslado e que o Itamaraty se recusa a ajudar.
Estou me bancando aqui com ajuda de amigos e familiares, e as dependências de onde eu estou são boas. Fui ao MRE pedir ajuda, de cara ouvi que ‘o MRE não paga nada’. Estou me sentindo abandonada aqui"
Por e-mail, o Ministério das Relações Exteriores informou que não existe autorização legal para cobertura integral ou parcial de despesas como essa. O órgão também afirmou que o Consulado-Geral do Brasil em Buenos Aires tem prestado apoio e acompanhado a evolução do estado de saúde do contador.
Mulher dele, Raquel da Conceição de Freitas Costa conta que esta foi a primeira viagem internacional do casal. Eles partiram no dia 27 de agosto, deixando a filha de 5 anos com os pais do contador, e deveriam retornar no dia 3 de setembro. O acidente aconteceu na noite anterior ao retorno. O casal chegou a contratar um seguro-viagem, mas foi informado que ele não cobre esse tipo de despesa.
“[Ele] Teve que fazer uma cirurgia na cabeça e ficou em coma induzido por 14 dias. Fomos muito bem tratados pela equipe médica daqui, que ficou muito compadecida com meu desespero e [com o fato de] eu não dominar o idioma. Foi horrível”, afirma.
Raquel conta que fez uma cotação e que o preço da viagem foi estimado em R$ 150 mil. Ela, que está de férias, conseguiu que o marido seja considerado afastado no trabalho por problema de saúde. Enquanto isso, a filha segue com os avós paternos.
A corretora de seguros espera que a divulgação do caso sensibilize as pessoas a ajudá-la. Raquel diz que pretende fazer uma “vaquinha” em breve se não conseguir o traslado.
G1
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Brasil só paga despesas de candidaturas e Copa do Mundo, povo que se dane.
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