domingo, 5 de fevereiro de 2012

Chega a 81 número de mortos na Grande Salvador durante greve da PM


Só neste domingo, até as 15h30, PM contabilizou 13 mortes, sendo 11 na capital

Chega a 81 o número de mortos em Salvador e região metropolitana durante os quase cinco dias de greve da Polícia Militar da Bahia, segundo o último balanço da SSP (Secretaria de Segurança Pública). Só neste domingo (5), até as 15h30, a polícia contabilizou 13 mortes: 11 na capital baiana, uma na cidade de Madre de Deus e outra em Itinga.

Os crimes aconteceram das 21h39 da terça-feira (31) até as 15h32 deste domingo. A sexta-feira (3) registrou a maior taxa de homicídio até o momento, com 32 mortes.

O número de assassinatos se torna ainda mais preocupante quando comparado à média de ocorrências da SSP. Em todo mês de dezembro de 2011, na Grande Salvador, a taxa média diária de homicídio foi de cinco.

Prisão

Também segundo a SSP, na madrugada deste domingo, um dos integrantes do movimento grevista da Polícia Militar da Bahia foi detido. A prisão dele ocorre em cumprimento aos 12 mandados de prisão expedidos contra agentes suspeitos de roubo qualificado de viaturas policiais, incitação ao crime e formação de quadrilha. Esses líderes grevistas estão sendo procurados pelo comando da Polícia Militar, que não aderiu ao movimento. Um deles é Marcos Prisco, presidente da Aspra (Associação dos Policiais, Bombeiros e de Seus Familiares do Estado da Bahia).

Prisco afirmou, no sábado (4), que quer espaço para negociação. Segundo ele, uma comissão foi montada após indicação do próprio governo do Estado para tentar chegar a um acordo.

Também no sábado, o governador da Bahia, Jaques Wagner, afirmou que a reivindicação da anistia para os policiais que participam do movimento da greve no Estado não será atendida. Wagner se reuniu com ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com as Forças Armadas e com a Força Nacional para discutir a questão da greve dos PMs e a onda de violência na BA. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

- Não se trata de um ato de arrogância ou de intolerância. Se alguém depreda ônibus, carro da polícia, sai pelas ruas atirando para cima, mata moradores de rua, qualquer coisa dessas é crime independente de quem o cometeu. Ultrapassar a democracia com a violação da lei, comigo não tem acordo.

R7

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