Curiosos, estudiosos e praticantes da cultura maia se reuniram na quarta-feira durante o dia na Redenção, em Porto Alegre. Com roupas leves e coloridas, celebravam o Dia Fora do Tempo, data que marca o fim de um ano e a entrada de outro.
Nesta quinta, conforme o calendário milenar da civilização, começa o último ano da era atual. Em dezembro deste ano, os seguidores dos maias acreditam que a Terra passará por uma grande revolução.
Com direito a meditação e danças, a comemoração de ontem na Redenção tinha como palavra de ordem o desapego. Como o próprio nome sugere, o Dia Fora do Tempo serve para que as pessoas não se preocupem com as batidas do relógio e vivam um momento relaxante de perdão e reflexão.
— É um momento leve, de meditação. Uma festa aberta para quem quiser participar e celebrar o ano que entra — explica Débora Uaxac Cimi, que adotou um novo nome e vive de acordo com as tradições e crenças da cultura Maia.
O evento ocorreu pelo sétimo ano consecutivo na Capital. Nas cinco primeiras edições foi realizado no Jardim Botânico, e desde o ano passado, acontece na Redenção, sempre no dia 25 de julho.
Mudança nas relações com as pessoas e a natureza
Com um grande chapéu colorido cobrindo os cabelos grisalhos e um cachimbo em mãos, Nilson Huneb se destacava como uma referência no grupo de admiradores do calendário maia. Sobre o comentado fim do mundo que teria sido previsto pelo calendário Maia para 21 de dezembro de 2012, Nilson acredita que a cultura foi mal interpretada.
— O que vai acontecer é uma mudança de era. Vamos entrar em uma época de mais consciência e aprofundamento das relações interpessoais e com a natureza — esclarece o estudioso, com um sorriso no rosto.
ZERO HORA
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