As análises foram encomendadas pela defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Segundo o laudo, marcas no pescoço da menina não foram feitas nem pelo pai, nem pela madrasta
O resultado de um laudo feito nos Estados Unidos pelo Instituto de Engenharia Biomédica da George Washington University concluiu que as marcas no pescoço de Isabella Nardoni, menina morta aos 5 anos em São Paulo, em 2008, não foram feitas por mãos humanas. As análises foram encomendadas pelo criminalista Roberto Podval, que defende o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina.
Os exames feitos pela equipe do professor americano James K. Hahn afirmaram que as marcas no pescoço da menina não foram causadas pelas mãos de Anna Carolina, conforme a acusação do Ministério Público Estadual (MPE), tampouco foram resultado de esganadura feita pelo pai da criança. O laudo diz elas "não são compatíveis com a morfologia das mãos de Anna e de Alexandre", nem foram feitas por mãos humanas.
"Isso foi surpreendente", afirmou Podval. Para fazer as análises, o criminalista fez moldes das mãos dos dois acusados. O estudo da equipe do professor Hahn foi desenvolvido com base nas articulações das mãos e dos dedos. Para mostrar como chegaram a esse resultado, os peritos prepararam um relatório que será trazido por Podval para ser incluído no processo do caso.
Mesmo sabendo que a Justiça dificilmente aceita a análise de provas novas em habeas corpus, é por meio disso que o criminalista pretende tirar o casal da prisão. Normalmente, só depois do trânsito em julgado de um caso – sua decisão judicial final – é que se pode pedir a revisão criminal. Por isso, o casal Nardoni teria de esperar preso. Podval considera que a espera na cadeia depois do surgimento de uma dúvida mais do que razoável de que o casal tenha cometido o crime é algo que a Justiça deve evitar. Por este motivo o criminalista acredita ser possível a libertação.
Crime
O casal Nardoni cumpre pena desde que, em março de 2010, foi condenado pelo 2.º Tribunal do Júri de São Paulo pela morte da garota. O pai recebeu a pena de 31 anos de prisão, enquanto a madrasta, de 26 anos e 8 meses. Ambos recorreram da decisão, mas a Justiça ainda não terminou de analisar seus recursos.
Anna e Alexandre foram condenados por homicídio qualificado – meio cruel, sem dar chance de defesa para a vítima e para assegurar a impunidade de outro crime. De acordo com a acusação, a menina teria sido espancada pela madrasta, que teria tentado sufocá-la. Pensando que ela estava morta, o pai teria cortado com uma tesoura a rede de proteção da janela de um quarto do apartamento do casal, na zona norte de São Paulo. Em seguida, Alexandre teria atirado a menina pela janela. A criança caiu no jardim do prédio.
Para Podval, as marcas no pescoço de Isabella podem ter sido provocadas nessa queda, quando a menina passou por uma pequena palmeira no jardim. "O laudo diz que as marcas não foram causadas por mãos humanas, mas não diz o que as pode ter causado. Ele é inconclusivo nesse ponto. Mas acredito que elas podem ter sido causadas na queda", afirmou o criminalista.
O defensor do casal está nos Estados Unidos para retirar o resultado dos exames. Ele deve se reunir ainda nesta semana com a equipe do professor Hahn, em Washington. O retorno ao Brasil está marcado para a próxima semana. "Vamos preparar o recurso. Sempre acreditei na inocência de meus clientes."
EK
Época
Verbratec© Desktop.
Mais um ato da peça teatral da defesa, sob o comando do chefão.Deve ter juntado muito dinheiro para preparem essa nos Estados Unidos...dinheirinho dele se multiplica!
ResponderExcluirVão continuar guardadinhos!!!!!!!!