sexta-feira, 3 de junho de 2011

Número de países com infecção por E.coli sobe para 12


BERLIM - A Organização Mundial da Saúde afirmou nesta sexta-feira que 12 países já registraram casos de infecção da variante da bactéria Escherichia coli e da síndrome hemolítico-urêmica (HUS), que já mataram 18 pessoas no mundo todo. A Noruega foi o último país a confirmar oficialmente a ocorrência da doença.

Ao todo, pacientes adoeceram por contaminação de E.coli em Alemanha, Áustria, República Tcheca, Dinamarca, França, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia Suíça, Reino Unido e os Estados Unidos. A região ao redor da cidade de Hamburgo, no norte da Alemanha, é o epicentro da crise, e acredita-se que todos os países tenham sido contaminados no país, provavelmente após comer alfaces, tomates, pepinos ou outros vegetais em saladas cruas.

As autoridades ainda não identificaram a fonte da bactéria e continuam recomendando que seus cidadãos não comam vegetais crus.

O centro de controle de doenças da Alemanha divulgou nesta sexta-feira 199 novos casos nos últimos dois dias do tipo da bactéria E.coli, que até agora causou pelo menos 17 mortes no país. O Instituto Robert Koch disse em comunicado que foram registrados 149 casos de infecção por E.coli e 50 da síndrome hemolítico-urêmica. Os novos dados elevam o total de casos na Alemanha desde 1º de maio para 1.733.

No mundo todo, 552 casos de HUS (12 fatais) e 1.271 casos de E.coli sem HUS (seis fatais) foram notificados oficialmente, levando o número total de casos a 1823, dos quais 18 foram fatais.

Avanço:Cientistas identificam tipo de bactéria causadora do surto de E.coli na Alemanha

O governo alemão criou uma força-tarefa E.coli e a chanceler Angela Merkel conversou com o primeiro-ministro espanhol Jose Luis Rodriguez-Zapatero sobre o impacto do problema sobre os fazendeiros espanhóis, inicialmente responsabilizados pelo surto, informou um porta-voz.

Na última quinta-feira, a Espanha disse que pediria um ressarcimento dos danos causados pelo "erro clamoroso" alemão por associar o surto de E.coli a produtores espanhóis.

- Ficou claro com as análises da Agência Espanhola de Segurança Alimentar que não há a mínima suspeita de que a origem desta infecção tão grave venha de um produto espanhol - disse Zapatero em entrevista à rádio e TV públicas espanhola.

Na quinta-feira, a Rússia anunciou que suspenderia a importação de vegetais da União Europeia, por medo da variante da E.coli. A decisão iniciou uma disputa entre o bloco e o primeiro-ministro Vladimir Putin, que disse nesta sexta-feira que não poria fim ao embargo até as autoridades europeias identificarem a origem da bactéria.

A UE pediu a Moscou que desistisse da medida, argumentando que não há comprovação técnica que sustente a decisão, que contraria as regras da Organização Mundial do Comércio. A Rússia ainda não é membro da OMC, mas tem claras pretensões.

Em sua primeira declaração sobre o caso, Putin tentou explicar a posição russa:
- Estamos esperando nossos parceiros identificarem pelo menos a origem dessa infecção. Eles mesmos não são capazes de entender o que está acontecendo. Não podemos envenenar nosso povo em nome de um espírito - disse, referindo-se às normas da OMC que defendem igualdade das relações comerciais entre os países, sem imposições unilaterais que prejudiquem o comércio.

A agência russa de proteção ao consumidor afirmou em um comunicado que poderia relaxar a proibição se a Alemanha ou a UE fornecessem detalhes sobre as fontes da bactéria, como ela é transmitida e quais atitudes são necessárias para conter o surto.

O Globo

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