terça-feira, 5 de julho de 2011

Caso Giovanna: provas encontradas pela perícia são descartadas



Lençol que envolveu corpo da universitária e as roupas que ela usava poderiam ajudar nas investigações; material teria sido recolhido por empresa

Provas que foram recolhidas pelos Institutos de Criminalística (IC) e Médico Legal (IML), no dia em que o corpo da universitária Giovanna Tenório foi encontrado, e que deveriam ajudar nas investigações, não podem mais ser utilizadas. A justificativa deve-se, simplesmente, ao desaparecimento do lençol que cobria o corpo da estudante e as roupas que ela usava quando foi encontrada no canavial da Fazenda Urucum, em Rio Largo.

De acordo com o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Gerson Odilon, a empresa de tratamento de resíduos recolheu o material que, provavelmente, deve ter sido queimado. “Após o registro fotográfico dessas vestes e a constatação de que há material orgânico presente, elas são levadas para uma empresa que recolhe tal produto, com a finalidade de dar um destino, como ocorre com o lixo hospitalar”, explica.

Ao ser questionado acerca da possibilidade de o IML guardar todo o material recolhido, Odilon ressalta que a estrutura não atende à necessidade em questão. “Necessitaríamos de uma sala especial, o que consta em todos os relatórios, desde o período em que assumimos. Se houver mais uma perícia, o laudo poderá ser prejudicado” – advertiu o diretor ao confirmar que a construção do novo Instituto Médico Legal já contempla uma sala só para guardar material de custódia.

Perícia nos veículos do casal
O material periciado e recolhido, na última sexta-feira (01), nos veículos Ford Fusion e Tucson, pertencentes ao casal acusado do desaparecimento e da morte de Giovanna Tenório, Toni Bandeira e Mirella Granconato, contendo porções de areia, vegetação, fios de cabelo e palitos com manchas que seriam de batom, além de vestígios encontrados próximo ao corpo da universitária, foram etiquetados e encaminhados a análises laboratoriais. Os carros foram periciados no estacionamento do Instituto de Criminalística, após cumprimento de mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.

Quanto à areia e vegetação, o tipo de solo onde o corpo foi encontrado e a especificação da parte vegetal serão comparados. “Pretende-se, com a análise, fazer uma comparação entre os vegetais e a areia constatados, no interior dos carros, com os do chão, onde Giovanna foi localizada”, frisou o perito criminal, José Veras.

Mais uma indício
Os peritos criminais ainda recolheram amostras da unha de Giovanna Tenório, que poderão ser analisadas no laboratório de DNA da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Segundo o chefe do setor, Luiz Antônio Ferreira, o laboratório é o único, no Estado, que teria condições de realizar o procedimento.

“Esse exame é de grande importância nos casos em que você precisa relacionar, por exemplo, o suspeito com a vítima ou com o local do crime. Você não tem nenhuma outra evidência para fazer esse relacionamento”, garantiu Luiz Ferreira.

Gazetaweb

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