A Polícia Militar deteve na manhã desta terça-feira 63 estudantes que haviam invadido o prédio da reitoria da USP (Universidade de São Paulo). Eles começaram a ser retirados do local por volta das 6h40 e foram acomodados em três ônibus da PM que levará todos ao 91º DP (Ceasa). Outros sete estudantes que estavam fora do prédio também foram detidos.
Um estudante que fingia ser jornalista tentou ultrapassar a barreira policial por volta das 6h30 para entrar no prédio, mas foi impedido pelos policiais. Um carro da PM teve o vidro danificado pelos manifestantes que estavam fora da reitoria. Ao todo, foram detidos 46 homens e 24 mulheres.
A reintegração de posse teve início por volta das 5h. Cerca de 400 policiais da Tropa de Choque e da Cavalaria da PM participaram da operação, que também contou com o apoio de um helicóptero Águia e de policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e do GOE (Grupo de Operações Especiais).
Os militares, portando cassetetes e escudos, fizeram um cordão de isolamento ao redor do prédio e retiraram os estudantes, que não resistiram à prisão. O prédio será entregue pela polícia a um oficial de Justiça, já que a operação foi motivada por um mandado judicial.
Os estudantes haviam decidido, em assembleia realizada na noite de ontem (7), manter a ocupação, apesar do fim do prazo dado pela Justiça para deixarem o local.
Após a votação, alguns estudantes agrediram jornalistas. Um cinegrafista caiu após ser empurrado e um fotógrafo teve a câmera arrancada e machucou as mãos --ele foi levado ao hospital.
O clima ficou tenso e, após os grupos ficarem separados, os alunos arremessaram pedras na direção dos jornalistas. Um cinegrafista foi atingido e ficou levemente ferido.
No momento do tumulto, não havia guardas universitários nem PMs no local. Após a confusão, um representante dos invasores disse que havia ocorrido uma "situação isolada".
RESISTÊNCIA
Na assembleia, vários estudantes disseram estar dispostos a resistir caso a PM fizesse a reintegração de posse.
Mais cedo, às 18h, uma reunião de negociação entre representantes da reitoria e alunos terminou em impasse.
O superintendente de relações institucionais da USP, Wanderley Messias da Costa, chegou a deixar a sala onde ocorria o encontro.
A proposta apresentada à tarde pela universidade previa que os alunos e funcionários não fossem punidos por participar da invasão.
A reitoria também manteve a oferta de criar grupos para discutir o convênio com a PM --principal motivo da invasão-- e revisar processos administrativos contra estudantes.
Os alunos, no entanto, consideraram a proposta insuficiente, já que havia chance de novos processos caso ficasse provado que houve vandalismo no prédio invadido.
Os acontecimentos que levaram à ocupação da reitoria tiveram início no dia 27 de outubro, quando três alunos da USP foram detidos por posse de maconha. Houve reação de colegas, que investiram contra a PM. Policiais usaram bombas de efeito moral e cassetetes para levar os rapazes à delegacia --depois eles foram liberados.
Na mesma noite, um grupo de cem estudantes invadiu um prédio administrativo da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Na terça passada, mais de mil alunos realizaram uma assembleia que decidiu, por 559 votos a 458, pela desocupação do edifício.
A minoria derrotada, porém, decidiu invadir a reitoria, onde hoje há cerca de 50 manifestantes --a USP toda tem cerca de 82 mil alunos (50 mil só na Cidade Universitária).
Folha OnLine
Um estudante que fingia ser jornalista tentou ultrapassar a barreira policial por volta das 6h30 para entrar no prédio, mas foi impedido pelos policiais. Um carro da PM teve o vidro danificado pelos manifestantes que estavam fora da reitoria. Ao todo, foram detidos 46 homens e 24 mulheres.
A reintegração de posse teve início por volta das 5h. Cerca de 400 policiais da Tropa de Choque e da Cavalaria da PM participaram da operação, que também contou com o apoio de um helicóptero Águia e de policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) e do GOE (Grupo de Operações Especiais).
Os militares, portando cassetetes e escudos, fizeram um cordão de isolamento ao redor do prédio e retiraram os estudantes, que não resistiram à prisão. O prédio será entregue pela polícia a um oficial de Justiça, já que a operação foi motivada por um mandado judicial.
Os estudantes haviam decidido, em assembleia realizada na noite de ontem (7), manter a ocupação, apesar do fim do prazo dado pela Justiça para deixarem o local.
Após a votação, alguns estudantes agrediram jornalistas. Um cinegrafista caiu após ser empurrado e um fotógrafo teve a câmera arrancada e machucou as mãos --ele foi levado ao hospital.
O clima ficou tenso e, após os grupos ficarem separados, os alunos arremessaram pedras na direção dos jornalistas. Um cinegrafista foi atingido e ficou levemente ferido.
No momento do tumulto, não havia guardas universitários nem PMs no local. Após a confusão, um representante dos invasores disse que havia ocorrido uma "situação isolada".
RESISTÊNCIA
Na assembleia, vários estudantes disseram estar dispostos a resistir caso a PM fizesse a reintegração de posse.
Mais cedo, às 18h, uma reunião de negociação entre representantes da reitoria e alunos terminou em impasse.
O superintendente de relações institucionais da USP, Wanderley Messias da Costa, chegou a deixar a sala onde ocorria o encontro.
A proposta apresentada à tarde pela universidade previa que os alunos e funcionários não fossem punidos por participar da invasão.
A reitoria também manteve a oferta de criar grupos para discutir o convênio com a PM --principal motivo da invasão-- e revisar processos administrativos contra estudantes.
Os alunos, no entanto, consideraram a proposta insuficiente, já que havia chance de novos processos caso ficasse provado que houve vandalismo no prédio invadido.
Os acontecimentos que levaram à ocupação da reitoria tiveram início no dia 27 de outubro, quando três alunos da USP foram detidos por posse de maconha. Houve reação de colegas, que investiram contra a PM. Policiais usaram bombas de efeito moral e cassetetes para levar os rapazes à delegacia --depois eles foram liberados.
Na mesma noite, um grupo de cem estudantes invadiu um prédio administrativo da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas). Na terça passada, mais de mil alunos realizaram uma assembleia que decidiu, por 559 votos a 458, pela desocupação do edifício.
A minoria derrotada, porém, decidiu invadir a reitoria, onde hoje há cerca de 50 manifestantes --a USP toda tem cerca de 82 mil alunos (50 mil só na Cidade Universitária).
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