sábado, 7 de janeiro de 2012

Coração de bebê viaja mil quilômetros para transplante raro


O coração de um bebê que morreu por causa de uma hemorragia cerebral salvou a vida de uma menina em Brasília com doeça rara.

Uma história de solidariedade ajudou a salvar a vida de uma criança de Brasília, nesta sexta-feira (6). E o gesto partiu de uma família do Rio de Janeiro.

Na caixa térmica azul, uma promessa de vida: o coração de um bebê de um ano e nove meses, que morreu, por causa de uma hemorragia cerebral, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Era preciso correr contra o tempo. A 1.100 quilômetros dali, em Brasília, outro bebê, uma menina, de um ano e oito meses, esperava pelo transplante. Tudo tinha que ser feito em até quatro horas, o tempo máximo que o coração pode ficar fora do corpo. O avião da FAB decolou do aeroporto do Galeão às 22h15. Por volta da meia noite, começou a cirurgia.

A menina que recebeu o coração tem uma doença chamada cardiomiopatia dilatada. O coração incha e perde a capacidade de bombear sangue para as outras partes do corpo. Enfraquecido, o coração da menina conseguia bombear apenas 15% do sangue.

A última esperança era o transplante. Se não tivesse sido feito, ela só teria mais seis meses de vida. Assim que foi implantado, o novo coraçãozinho voltou a bater.

“É muito emocionante. Realmente, é por isso que a gente faz essas coisas”, disse o chefe da unidade de transplante Fernando Atik.

De acordo com os médicos, a criança se recupera bem, aqui na UTI pediátrica. Em um mês, ela poderá voltar pra casa. A criança vai tomar remédios para evitar a rejeição ao novo coração e também terá acompanhamento médico frequente, cuidados normais após um transplante. E poderá ter uma vida sadia e alegre, como dever ser a infância.

Os pais de Alony também doaram os pulmões do bebê para outra criança. Um belo gesto de solidariedade que ajuda a enfrentar uma dor sem tamanho.

O pai do menino deixou uma mensagem para a família de Brasília: “Ser feliz, porque era isso que meu filho era. Era muito feliz. Fiquem firmes, vai se recuperar. Sou feliz, sou grato em saber que meu filho salvou uma vida”, declarou Wellington da Silva.

Jornal Nacional

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