quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Diretor cria banheiro exclusivo para homossexual em colégio de Londrina


Colégio no interior do PR também disponibilizou o banheiro dos professores.
AGLBT desaprovou medida e vai encaminhar ofício a Secretaria de Educaçã
o.

A partir deste ano, o colégio estadual Vicente Rijo, em Londrina, terá um banheiro exclusivo para alunos homossexuais. O assunto dividiu opiniões nesta quarta-feira (8), primeiro dia de aula. O colégio destinou um banheiro que era pouco usado e outro, que até então, era exclusivo dos professores.

A medida, segundo o diretor Donizetti Brandino, foi adotada porque alunos reclamaram de constrangimento no sanitário masculino e foi aprovada pelo Conselho Escolar.

Um estudante de 17 anos que não quis se identificar afirmou que aprova a medida. “Meninos ficam olhando com cara feia”, afirmou o jovem. Ele contou que em 2011 uma inspetora do colégio o flagrou dentro do banheiro feminino e o encaminhou para a direção do colégio. O rapaz disse também que foi pedido para que ele usasse o banheiro dos professores para evitar constrangimentos para as meninas.

Na avaliação dos professores e da direção da escola, a medida não é discriminatória e não visa isolar os homossexuais, mesmo assim, afirmam que não pretendem estimular que mais alunos utilizem os banheiros já denominados de alternativos. “O nosso objetivo é a educação. É conscientizar para que essas realidades possam ser trabalhadas de forma que todos tenham direitos”, declarou o diretor Donizetti Brandino.

A opinião, entretanto, não é compartilhada por Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AGLBT). Segundo ele, ainda que tenha sido para beneficiar os homossexuais, a atitude representa uma solução simplista que não se aprofunda na questão do respeito.

“Nós queremos uma escola inclusiva que respeita a diversidade na biblioteca, na sala de aula e banheiros”, disse o presidente da AGLBT que também é doutor em educação. Toni Reis afirmou ainda que é preciso sensibilizar a comunidade escolar e capacitar os profissionais para que haja o entendimento de respeito a individualidade. “Não podemos fazer essa segregação”.

Flávio Arns, secretário estadual de Educação, disse desconhecer a existência banheiros alternativos para homossexuais nas escolas e vê com cautela a medida. “Consideramos completamente desnecessário. Não é importante, não é necessário. Nós temos, sim, criar na escola um clima de respeito à diversidade”, disse o secretário.

Ainda nesta quarta-feira, a AGLBT vai encaminhar um ofício para a Secretaria Estadual de Educação solicitando uma intervenção na escola londrinense. A ideia, de acordo com Reis, é suspender a medida e evitar que ela seja replicada em outras unidades de ensino. Caso o pedido não seja atendido, a Associação pretende recorrer ao Ministério Público (MP).

G1

Um comentário:

  1. Não sabem o que querem,mas na verdade querem e tumultuar para aparecer.

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