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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
"Lindemberg deixou claro que ia matar ela", diz amigo de Eloá
Iago Vilera de Oliveira, amigo de Eloá Pimentel que chegou a ser mantido em cárcere por Lindemberg por algumas horas, disse ao júri que o desfecho do caso --a morte da jovem-- não o surpreendeu. "Não foi surpresa, pois Lindemberg deixou bem claro que ia matar ela", disse Iago.
Horas antes, Nayara Rodrigues, amiga de Eloá e ex-namorada de Iago, também afirmou durante seu depoimento no julgamento do réu que Eloá disse ter certeza que a intenção de Lindemberg era matar a namorada. "A Eloá falava o tempo todo que sabia que ia morrer", disse a amiga.
Lindemberg Alves Fernandes, 25, está sendo julgado pela morte da estudante Eloá Pimentel, baleada na cabeça em 2008 após ser mantida refém por mais de cem horas. O júri começou na manhã de hoje em Santo André, na Grande SP. A previsão é de que o julgamento dure três dias, segundo o Tribunal de Justiça.
Segundo o depoimento de Iago, após o término do namoro Lindemberg passava na frente da escola onde Eloá estudava e ameaçava seus amigos.
Quando Lindemberg entrou no apartamento onde estava Eloá, em Santo André, estavam com ela os amigos Nayara, Iago e Vitor Lopes. Iago diz que foi golpeado com um coronhada na cabeça e sofreu ameaças. Os dois rapazes foram liberados após as primeiras dez horas.
Iago disse que ele e Lindemberg chegaram a conversar. Quando foi liberado, ele disse ter dado um crucifixo para Lindemberg. "Para abençoar a cabeça dele", disse Iago.
Durante o júri, o advogado de acusação pediu a Iago que olhasse para Lindemberg e dissesse se o réu havia mudado muito nos últimos três anos. "Está só mais gordo", disse Iago.
Antes dele, Vitor Lopes, o outro amigo de Eloá que permaneceu em cárcere, também depos. Ele disse que teve que esclarecer para Lindemberg que entre ele e Eloá não havia nada. Segundo ele, o réu agia de forma agressiva e apontava a arma para todos.
Ao ser liberado, Lindemberg teria dito a Vitor: "Corre e não faz nenhuma gracinha, senão te dou um tiro nas costas". O próximo a depor deve ser o irmão de Eloá, Ronickson Pimentel.
JULGAMENTO DE LINDEMBERG
Na chegada ao Fórum de Santo André, onde ocorre o julgamento, a advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, afirmou que seu cliente está calmo e tranquilo, e destacou que casos como o da morte de Eloá são sempre mais difíceis para a defesa.
"Espero que os jurados venham desarmados, prontos para receber a versão do menino [Lindemberg]. Ele é um bom rapaz, trabalhador, tinha dois empregos. Ele é réu primário, nunca pisou em um tribunal. Toda história tem duas versões", afirmou Assad.
O grupo de jurados que decidirá o futuro de Lindemberg Alves Fernandes é composto por seis homens e apenas uma mulher.
O julgamento começou de manhã e após interrupção para almoço, foi retomado por volta das 14h30, com a exibição de uma reportagem em que Lindemberg e a Eloá conversavam com a jornalista Sônia Abrão.
Em seguida, Nayara Rodrigues foi ouvida por cerca de 40 minutos pela juíza Milena Dias.
Durante o seu depoimento, Nayara disse que Lindemberg bateu em Eloá e que o réu alternava entre o nervosismo e tranquilidade. Segundo Nayara, Lindemberg dizia que Eloá tinha sido injusta ao terminar o relacionamento e que ele iria se vingar.
Segundo Nayara, Lindemberg assistia às reportagens na televisão e se vangloriava da repercussão que o caso ganhara. Ao ver as reportagens, ele se intitulava o "príncipe do gueto", segundo a testemunha.
A advogada de Lindemberg afirmou durante o recesso que deverá exibir mais uma hora e meia de imagens. Ela já havia dito antes do julgamento que teria a imprensa e a polícia como seus principais alvos durante o júri. Segundo ela, os dois contribuíram para a tragédia. A promotoria também apresentou reportagens no início do júri.
Mais cedo, a juíza Milena Dias autorizou a inclusão da mãe e do irmão de Eloá na lista de testemunhas de defesa. Também foram dispensadas outras cinco testemunhas, entre elas a apresentadora da Rede TV! Sônia Abrão, que entrevistou Lindemberg ao vivo enquanto Eloá era mantida em cárcere privado.
Folha OnLine
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Mais uma defesa querendo tapar o sol com a peneira e vai ser difícil.
ResponderExcluirAgora a mídia que levou o 'pobrezinho' do assassino a matar.
Precisava um Cembranelli nesse caso também.
Tomara que tenha o mesmo desfecho do Caso Isabella Nardoni.