quarta-feira, 28 de março de 2012

Bebê trocado ao nascer vive novela da vida real


Erro na maternidade só foi revelado — e desfeito — 15 anos depois, quando menina sobrevivente foi atrás da verdade sobre o pai biológico. Hoje, ela tem duas famílias

Rio - Uma história que mais parece novela e que atormentou duas famílias de Itaboraí por mais de sete anos. Duas crianças, duas mães e destinos invertidos. Após um erro no Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, duas meninas foram trocadas na maternidade e viveram longe de seus verdadeiros pais por 15 anos. Como a coluna ‘Justiça e Cidadania’ revelou ontem, Tamara Souza, hoje com 22 anos, ganhou processo judicial e será indenizada em R$ 50 mil. Ela também encontrou o amor da família biológica.

O drama começou no dia 5 de julho de 1990. Na mesma sala de parto, as duas mães viviam o momento mais feliz de suas vidas: o nascimento do primeiro filho. Mas três meses depois, o casal Marileide Lopes de Souza e Francisco Miranda de Souza, ambos de 44 anos, sofreu um trauma com a morte da pequena Gabriela, vítima de pneumonia.

“Fiquei traumatizada, achei que tinha passado alguma doença para ela. Tive que me mudar do Rio, por um ano. Quando tive meu segundo filho, três anos depois, não dormia a noite toda, com medo que ele também morresse”, lembra Marileide.

Quinze anos, uma surpresa: o casal recebe intimação para exame de paternidade. “Tomamos um susto. Fomos chamados pela Defensoria de São João de Meriti apesar de nunca termos ido lá”, conta Marileide.

O pedido partiu de Simone Bandeira da Silva, mãe de criação de Tamara. Quatro ano antes, quando a menina tinha 11 anos, pediu para ter o nome do pai na certidão de nascimento. Exame de DNA revelou que nem ele nem ela eram os pais verdadeiros.

“No mesmo dia que nos vimos, no exame de paternidade, sabia que ela era minha filha. No dia seguinte ela já estava passando o final de semana na minha casa. E três meses depois, após seus 15 anos, ela decidiu vir morar comigo”, contou a dona de casa.

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