Ao menos 64 pessoas morreram na província de Yunnan, no sudoeste do país
PEQUIM - Dois terremotos de 5.6 na escala Richter atingiram o sudoeste da China nesta sexta-feira deixando ao menos 64 mortos, segundo informações da agência oficial de notícias Xinhua. Os piores danos aconteceram nas províncias de Guizhou e Yunnan, onde cerca de 715 pessoas ficaram feridas e aproximadamente 20 mil casas foram danificadas.
Segundo o Serviço Geológico dos EUA, o epicentro dos tremores aconteceu a nove quilômetros de profundidade na fronteira entre as duas províncias, onde fica a cidade de Luozehe, no condado de Yiliang, território de Yunnan. Autoridades locais estão trabalhando no resgate de mais de 100 mil pessoas em áreas de risco, prejudicadas pelos mais 60 “aftershocks” após os principais terremotos.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, deve visitar a região, como sempre faz em casos de desastres naturais. O presidente Hu Jintao, que participa do Fórum de Cooperação Econômica na cidade russa de Vladivostok, pediu que ajuda extra de emergência seja enviada para o local.
Construções nas que são consideradas as regiões menos desenvolvidas do país sempre são destruídas devido a falta de reforço dos prédios. Imagens divulgadas pela emissora CCTV mostram ruas danificadas, carros abandonados e fumaça negra saindo de edifícios. Li Fuchun, membro das equipes de resgate de Luozehe, disse que a operação de salvamento está sendo prejudicada por uma série de deslizamentos que bloquearam as vias.
- A parte mais difícil do resgate é o tráfego nas vias. Muitas delas foram bloqueadas e as equipes estão tendo escalar montanhas para chegar nos vilarejos mais atingidos - disse.
Autoridades alertaram que o número de mortos deve aumentar significantemente, devido ao número indefinido de desaparecidos. Os serviços de comunicação na aérea também foram prejudicados. Em 2008, cerca de 87,600 mil pessoas morreram quando um terremoto de 7.8 na escala Richter atingiu a região de Sichuan.
Casas feitas de lama e madeira
As casas da maior parte da população sudoeste da China são feitas de lama e madeira, material que as deixa mais suscetíveis a terremotos, segundo alertas divulgados pela Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho.
“Por outro lado, o resgate de pessoas presas nessas estruturas é mais fácil que embaixo de concreto e paredes feitas de tijolos. O número de feridos tende a ser muito maior que o número de mortos”, dizem as organizações.
O Globo
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