domingo, 17 de março de 2013

Mãe e filha presas por participar de execução


Casa da mulher foi usada como cativeiro para vítimas

A trama criminosa que resultou na execução de três homens em Santa Tereza do Oeste teve desdobramentos na manhã de sexta-feira(15). Investigadores da Polícia Civil que integram o GDE (Grupo de Diligências Especiais), e também da Delegacia de Homicídios de Cascavel auxiliaram os policiais do vizinho município de Santa Tereza do Oeste. O delegado Pedro Fernandes de Oliveira é quem preside o inquérito e coordenou a ação policial. Antoninha Alves Chagas, 42, e a filha dela, uma adolescente de 14 anos, foram encontradas em Céu Azul. A prisão da mulher e a apreensão da menor foram decretadas pelo Poder Judiciário.

De acordo com o que foi apurado na investigação, a residência de Antoninha foi usada como cativeiro onde três rapazes foram mantidos reféns na segunda-feira, 11 de março. Logo depois, os corpos de dois deles foram encontrados em uma mata. Uma das vítimas estava com os olhos vendados e com mãos e pés amarrados. Os tiros foram na cabeça. Desses três rapazes, apenas José Gustavo Katarinhuk conseguiu escapar. Ele correu e se jogou em um rio, apesar de ter sido atingido por dois tiros em uma das pernas. Katarinhuk afirmou que a mulher inclusive ajudou a amarrar uma das vítimas.

Ao tomarem conhecimento do caso, os investigadores localizaram os corpos de Clodoaldo da Silva, 33, e Magno Petrow Della Beta, 23. No dia seguinte, os policiais retornaram ao local e às margens de um rio encontraram o terceiro cadáver, este de Jorgival Pinto de Aguiar, 45, conhecido como “Azulão”. Ele teria sido chamado para pagar o resgate, mas também foi assassinado.

A situação do sequestro foi dissimulada por uma suposta comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai. Não existia carga alguma do produto. “O inquérito foi instaurado por extorsão mediante sequestro com resultado morte. A pena prevista é de 24 a 30 anos de reclusão e todos os envolvidos já estão indiciados”, explica o delegado Pedro Fernandes de Oliveira.

O principal acusado é Estevan Mariotto. Ele que já esteve preso acusado de um sequestro em Santa Catarina, teria fugido para o Paraguai. Estão foragidos também Júnior Estácio da Silva e Anderson Pinheiro Santana.

Jornale

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