quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Explosão em prédio na Praça Tiradentes deixa mortos e feridos


RIO - Uma grande explosão em um prédio que fica na Praça Tiradentes 9 deixou três mortos e 17 feridos na manhã desta quinta-feira. As vítimas foram arremessadas a cerca de 40 metros do local do acidente, que atingiu o Restaurante Filé Carioca, no térreo do edifício Riqueza. Uma das hipóteses para a explosão é vazamento de gás. A Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG) disse que não distribui gás ao prédio na Praça Tiradentes desde 1961, e seis cilindros de gás industrial, com 45 litros cada, foram encontrados no local. De acordo com Sérgio Simões, comandante dos Bombeiros e secretário estadual de Defesa Civil, nenhum estabelecimento no prédio tinha autorização para utilizar cilindros de gás. O comandante acrescentou que o trabalho dos bombeiros no local deve levar de uma semana a dez dias para a retirada de escombros destroços com risco de queda. Simões enfatizou que não há risco de colapso do edifício.

Antes da explosão, funcionários sentiram cheiro de gás e tentaram entrar em contato com o dono do estabelecimento, segundo depoimento prestado pelo jornaleiro Jorge Luiz Rosa Leão na 5ª DP (Centro). Segundo o jornaleiro, três trabalhadores o abordaram, por volta das 5h30m, logo após ele abrir a banca, que fica em frente ao restaurante destruído:

- Como todos chegam cedo, eu conheço bem os funcionários. O chefe de cozinha, Antônio, veio perguntar se eu tinha o telefone do dono do restaurante, mas eu não tinha. Ele deve ter notado algo estranho.

Em seguida, segundo Jorge, outro funcionário, chamado Josemar, comentou que havia um forte cheiro de gás. Minutos antes da explosão, por volta de 7h30m, um terceiro empregado do restaurante foi à banca e comprou um maço de cigarros. Mas, de acordo com o jornaleiro, ele não estava fumando quando voltou para o restaurante.

Os três mortos foram identificados como Mateus Maia Macedo de Andrade, de 19 anos; Josemar, que seria o sushiman; e o chef de cozinha, Severino Antônio. Os feridos foram levados para o Hospital Souza Aguiar, também no Centro, sendo que o quadro de três deles é gravíssimo.

De acordo com o tenente-coronel Amaury Simões do 5°BPM (Praça da Harmonia), o gás pode ter vazado desde a quarta-feira.

- Uma das hipóteses é que um vazamento tenha provocado o acúmulo de gás durante o dia de ontem, quando a loja ficou fechada por causa do feriado. O chefe de cozinha foi o primeiro a chegar e deve ter acendido o interruptor de luz e provocado a explosão - disse.

O presidente em exercício do Crea, Cleyton Vado, informou que representantes do órgão estão colhendo informações no local.

- Um botijão doméstico não provocaria tanta destruição ao explodir. Recebemos informações de que o gás estaria vazando desde a noite de quarta, e isso deve ter formado um bolsão de gás dentro do estabelecimento. Neste caso, foi montada uma verdadeira bomba-relógio e qualquer centelha provocaria a explosão. Bastaria acender uma lâmpada. Sobre a estrutura do edifício, inicialmente avaliamos a estrutura das colunas, que parecem preservadas. Mas ainda trabalhamos com hipóteses. Vamos continuar no local apurando o que provocou a explosão. acreditamos vazamento destes botijões um bolsão de gás e estaria montada uma bomba. ainda estamos apurando - disse.


A CEG informa que foi acionada pelo Corpo de Bombeiros às 7h42m e que desde as 8h está no local por medida de prevenção e segurança.

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