quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MP quer que acusado de crime na Oscar Freire seja julgado por latrocínio


Promotora entrou com recurso contra decisão em que réu será acusado por homicídio

O Ministério Público de São Paulo entrou com um recurso para que seja revista a decisão da Justiça que modificou de latrocínio (roubo seguido de morte) para homicídio o tipo do crime pelo qual Lucas Cintra Rosseti, suspeito de matar duas pessoas em um apartamento na rua Oscar Freire em agosto, responderá. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do MP.

A promotora Cecília Freitas Ribeiro entrou com o pedido na semana passada. Ela estava substituindo a promotora do caso, Adriana Helena Ferreira Alves Mattos Vallada, que fez a denúncia pelo latrocínio, e estava de férias até esta quarta-feira (16).

O MP não deu detalhes dos motivos que fizeram a órgão recorrer da decisão judicial. O MP havia denunciado Rosseti por latrocínio, mas a juíza Isaura Cristina Barreira, da 30ª Vara Criminal da Capital, entendeu, em decisão do último dia 4, que o modo pelo qual ele é suspeito de ter atingido as vítimas está mais associado à intenção de matar do que de roubar.

A modificação do tipo de crime atende a um pedido da defesa, que queria ainda a liberdade de Lucas. A juíza não decidiu sobre esse último ponto, deixando-o para a Vara do Júri da Comarca da Capital, para onde o caso foi encaminhado.
A pena para crimes de latrocínio é a partir de 20 anos, já o homicídio é de a partir de 12 anos.

Lucas Cintra Rosseti foi preso em Sertãozinho, no interior de São Paulo, na manhã de 29 de agosto, suspeito de matar o analista de sistemas Eugenio Bozola e o modelo Murilo Rezende. No momento da prisão, ele confessou ter matado Bozola, mas negou o assassinato de Rezende.

De acordo com o delegado Mauro Dias, as imagens do circuito interno de TV de uma pizzaria foram decisivas para identificar o jovem de 21 anos, como o principal suspeito do assassinato.

O suspeito aparece nas imagens, gravadas no dia do crime, utilizando um tênis preto, que foi encontrado sujo de sangue no apartamento onde os corpos das vítimas foram encontrados. De acordo com o delegado, Rosseti, que já havia tido um relacionamento amoroso com Bozola, brigou com ele por não poder mais ficar hospedado no apartamento. Rosseti é natural de Igarapava, mesma cidade de Bozola.

R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.