quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Ex-jogador é condenado a 22 anos de prisão por morte de ex-mulher


Janken recebeu pena de 21 anos pela morte de Ana Claudia e mais um ano por furto

O ex-jogador de futebol Janken Ferraz Evangelista foi condenado na noite desta quarta-feira (7) a 21 anos de prisão pela morte da ex-mulher Ana Cláudia Melo da Silva. O júri considerou Janken culpado de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), rejeitando sua tese de que agiu em legítima defesa.


Além da pena de 21 anos, Janken também foi condenado a mais 1 ano pelo roubo do celular de Ana Claudia, que foi um dos motivos pelos quais o casal brigou. Segundo o assistente de acusação, José Beraldo, Janken não poderá recorrer em liberdade.


De acordo com Janken, ele e a ex-mulher haviam voltado de um jogo entre Corinthians e Santos, no estádio do Pacaembu, quando ela se descontrolou e passou a atacá-lo com uma faca, dentro do apartamento do irmão dela, na zona sul de São Paulo. Ele disse que tomou a faca dela e empurrou contra seu corpo duas ou três vezes, mas a perícia afirma que Ana Cláudia morreu com 14 facadas.



De acordo com Beraldo, não é possível falar em legítima defesa.



- Ele tinha possessão por ela. Eles foram ver o jogo e o Janken viu o Ronaldo Fenômeno dar um beijo nela e foi aí que começou a possessão.



O crime aconteceu no dia 22 de março de 2009, na avenida do Cursino, Jardim da Saúde, na zona sul da capital. Janken teria matado Ana Cláudia a facadas depois de uma briga no apartamento dela. Após o crime, Janken fugiu levando o filho do casal, que estava no apartamento no momento do crime.


Ainda de acordo com o jogador, o desentendimento entre os dois começou quando Ana Claudia disse que gostaria de esperar a saída dos jogadores no estádio. Para não brigar com ela, o ex-jogador disse que concordou em permanecer no local por mais alguns momentos. Ao chegar à casa do irmão dela, ele conta que foi dar mamadeira ao filho, no quarto, quando ouviu Ana Claudia sussurrando no telefone na cozinha.



- Voltei em sua direção na cozinha e percebi que ela estava falando baixo para não escutar. Ela dizia que não pode ficar após o jogo “porque o pai do meu filho embaçou”. Achei aquilo uma falta de consideração.


O jogador contou ao juiz Marcelo Augusto Oliveira que em seguida tomou o celular da mão dela, ligou para um dos últimos números chamados e viu que se tratava do ex-goleiro do Santos Futebol Clube, Fabio Costa. Ele olhou ainda mensagens no celular em que Ana Claudia trocava mensagens de conteúdo erótico com Costa e outros homens, incluindo outros jogadores de futebol.



Janken afirmou que mostraria as mensagens ao irmão de Ana Claudia, Odair Bezerra da Silva, para mostrar “como ela era”.



- Nesse momento, ela pirou. Ela se virou e veio para cima de mim com a faca (...) joguei o celular no chão, peguei as duas mãos dela e a joguei no chão. Tomei a faca, ela tentou morder meu dedo e eu soltei a faca. Ela pegou a faca de novo, e eu percebi que ela queria mesmo era enfiar a faca em mim, me matar. Aí puxei a faca dela e empurrei em direção a ela. Perdi a cabeça.


Filho

O irmão de Ana Claudia, Odair Bezerra da Silva, disse na segunda-feira (5), primeiro dia do julgamento, que o filho dela contou a ele ter visto seu pai matar a mãe.



- Ele [filho de Janken] afirmou na escola “meu pai matou minha mãe, ele furou minha mãe”. Eu falei para ele que nunca tinha dito isso, mas ele me disse que viu quando era bebê.


R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbratec© Desktop.