Advogado pedirá condenação, mas diz que Janken Evagelista matou em legítima defesa
A Justiça ouviu, nesta terça-feira (6), a mãe do ex-jogador de futebol Janken Ferraz Evangelista, acusado de matar a facadas a ex-namorada Ana Claudia Melo da Silva. O julgamento do acusado foi retomado nesta manhã, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista.
Nesta segunda-feira (5), no primeiro dia de julgamento, a defesa afirmou que vai pedir a condenação do seu cliente por “excesso culposo”. De acordo com o advogado Mauro Otávio Nacif, o ex-jogador agiu em legítima defesa, mas se exaltou e acabou agindo com mais força do que o necessário.
- Como ele se descontrolou, vou pedir a condenação.
A pena para excesso culposo em legítima defesa, segundo Nacif, varia de um a três anos de prisão. Já a promotoria pede a condenação do ex-jogador por homicídio triplamente qualificado, cuja pena pode passar de 30 anos.
Nacif disse ainda que a confusão do dia do crime começou por conta de Ana Claudia. De acordo com a defesa, foi a vítima quem tirou da gaveta do armário da cozinha a faca com a qual seria morta.
- Os dois discutiram porque ele queria ver um torpedo que estava no celular dela. Ela se recusou e eles foram para a cozinha trocando agressões físicas. Aí ela veio para cima, eles se engalfinharam e, num momento de tensão, ele começou as esfaqueá-la. Ele exagerou, mas na primeira facada, ele deu para se defender. Matou para não morrer.
No total, o julgamento teria o depoimento de 15 testemunhas de acusação e defesa.
Irmão da vítima
O irmão de Ana Claudia Melo da Silva, Odair Bezerra da Silva, disse nesta segunda-feira (5) que o filho dela contou a ele ter visto seu pai, o ex-jogador de futebol Janken Ferraz Evangelista, ter matado a mãe. Odair foi a primeira testemunha a ser ouvida no julgamento do ex-jogador, que começou na tarde desta segunda no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. Janken está preso desde 2009 acusado de matar Ana Cláudia a facadas.
- Ele [filho de Janken] afirmou na escola “meu pai matou minha mãe, ele furou minha mãe”. Eu falei para ele que nunca tinha dito isso, mas ele me disse que viu quando era bebê.
Os advogados de Janken tentaram, no interrogatório de Odair, dar a entender que Ana Cláudia era uma pessoa descontrolada e agressiva. Eles ainda colocaram em dúvida a possibilidade de uma criança de um ano e meio – idade que o filho do casal tinha na época do crime – de se lembrar de um crime.
De acordo com o assistente de acusação contratado pela família da vítima, José Beraldo, essa tentativa de depreciar a vítima é um “desespero da defesa”.
No dia do crime, o casal e filho tinham ido assistir uma partida entre Corinthians e Santos, em São Paulo. Na época, Ronaldo Fenômeno jogava pelo Corinthians. De acordo com Beraldo, Janken pode ser condenada a mais de 30 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, com motivo torpe e sem direito de defesa da vítima.
Crime
O crime aconteceu no dia 22 de março de 2009, na avenida do Cursino, Jardim da Saúde, zona sul da capital. Janken teria matado Ana Cláudia a facadas depois de uma briga no apartamento dela por ciúmes, em março de 2009. O ataque ocorreu após o casal voltar da partida. Após a tragédia, Janken chegou a fugir levando o filho.
Esses advogados não viram que ninguém vai mais acreditar na estorinha de legítima defesa?
ResponderExcluirEsse percebeu e está tentando sair pela tangente.