quarta-feira, 20 de junho de 2012

Elize Matsunaga é transferida para presídio de criminosos "famosos"


Complexo abriga condenados de crimes de repercussão nacional, como o casal Nardoni

Elize Matsunaga, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça, foi transferida para o Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior do Estado. Ela está presa desde o último dia 5, por assassinar e esquartejar o marido, o executivo da Yoki, Marcos Matsunaga. Elize confessou o crime durante interrogatório de oito horas no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e afirmou que matou após uma discussão por ciúme. Ela deixou a Cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo, por volta das 14h desta quarta-feira (20).

O Complexo Penitenciário de Tremembé é famoso por ter entre seus detentos acusados de crimes que tiveram repercussão nacional, como a ex-universitária Suzane von Richthofen, condenada pela morte dos pais; Lindemberg Alves, assassino da jovem Eloá e o casal Nardoni, condenado pela morte da menina Isabella Nardoni.

Motivação financeira

O promotor do caso, José Carlos Cosenzo, contestou a versão de crime passional apresentada pela acusada. Ele afirmou, na terça-feira (19), que a mulher assassinou o marido por dinheiro. Na avaliação dele, o crime teria sido premeditado desde o momento em que Elize contratou um detetive para flagrar o marido com a amante. Para Cosenzo, ficou claro que ela não queria perder o casamento e o status social que adquiriu com ele.

Cosenzo denunciou a acusada por homicídio doloso (quando há intenção de matar) triplamente qualificado, já que teria sido praticado por motivo torpe, de forma cruel e sem dar chance de defesa ao empresário. O promotor viu como agravante o fato de a autora do crime ter sido casada com a vítima. Elize também foi denunciada por ocultação de cadáver.

O Ministério Público estima que a pena dela possa chegar a 35 anos de reclusão.

Reviravolta e dúvidas

A divulgação do laudo necroscópico do IML (Instituto Médico Legal), na semana passada, provocou uma reviravolta no caso. Segundo a conclusão do médico legista Jorge Pereira, a trajetória da bala que atingiu a cabeça de Marcos foi de cima para baixo, contrariando a versão apresentada pela mulher do empresário em seu depoimento. Ela afirmou que atirou na vítima, quando ambos estavam de pé, após levar um tapa durante uma discussão por ciúme. Como tem estatura menor que a de Marcos, se o depoimento fosse verdadeiro, a trajetória da bala teria que ser, necessariamente, de baixo para cima.

Outra contradição levantada pelo perito foi quanto ao esquartejamento. De acordo com Elize, após atirar no marido, ela deixou o corpo dele por dez horas no quarto de hóspedes antes de começar a cortá-lo. Isto só teria ocorrido, de acordo com ela, quando o executivo já estava morto.

A perícia, no entanto, mostrou que o empresário morreu por traumatismo craniano, provocado pelo tiro, associado à asfixia por ter aspirado sangue durante a

R7


decapitação.

Um comentário:

  1. Belo Trio:
    Anna Carolina , Suzane e Elize.
    As outras detentas que se cuidem.

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