sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Bebê morre após justiça canadense decretar desligamento de aparelhos médicos

Toronto (Canadá), 21 set (EFE).- Uma menina de dois anos, cujos pais estão presos sob a acusação de maus-tratos, morreu nesta sexta-feira depois que a Suprema Corte do Canadá decidiu não intervir para impedir que os médicos retirassem o respirador artificial que mantinha criança viva.

O hospital infantil Stollery da cidade de Edmonton, onde a menina conhecida como Baby M estava internada, informou hoje que a morte da criança foi confirmada na noite de ontem, pouco depois do respirador artificial ser removido. Os pais da menina, que inicialmente foram detidos por agressão e por maus-tratos, solicitaram ontem ao Supremo Tribunal do Canadá que suspendessem a ordem de um juiz de Alberta de retirar o respirador que a menina com vida.

Em maio deste ano, uma equipe de emergência encontrou Baby M na casa de seus pais com uma parada cardíaca. Após ter ficado quase 40 minutos com o coração parado, os médicos conseguiram ressuscitar a criança, mas não puderam evitar que a mesma ficasse com graves lesões cerebrais como sequela.

Para argumentar sua decisão de se opor à retirada do respirador, o pai da menina apresentou uma declaração perante os tribunais na qual assinalou: "como devoto muçulmano e carinhoso pai, me resulta impensável aceitar que se limite ou retire o tratamento médico".

No entanto, os tribunais disseram que o objetivo de manter o respirador e submeter à menina a outros tratamentos invasivos é "dar continuidade a uma vida que não apresenta nenhum benefício para ela", já que não havia nenhuma hipótese da criança se recuperar das graves lesões. Os tribunais também assinalaram que os pais estão em um conflito de interesses, enquanto a polícia assinalou que a morte da menina também acarretará uma acusação de assassinato.


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R7

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