Segundo juíza, "imagens chocantes" foram encontradas em pendrive apreendido com ele
RIO - A noite carioca está em estado de choque. Há uma semana, o DJ Darke Mattos está preso, acusado de pedofilia. Ele foi detido em flagrante após uma ação cautelar de busca e apreensão da Delegacia de Repressão de Crimes de Informática, da Polícia Civil. Segundo decisão da juíza Georgia Vasconcellos da Cruz, da 5ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, “além das imagens chocantes” constantes no pendrive apreendido, “as imagens apreendidas, embora fartas, sequer representam (...) 1/10 do material analisado”. Por isso, ela manteve a prisão preventiva do DJ. Nesta terça-feira (18), o advogado Carlos Eduardo de Campos Machado fez um pedido de habeas corpus. Procurado pelo GLOBO, ele disse que não poderia se pronunciar sobre o caso. O processo corre em segredo de justiça.
Aos 30 anos, DJ conhecido de festas conhecidas da cena noturna, em boates como 00 e Fosfobox, Darke foi enquadrado no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): “Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”. Entre os amigos e pessoas próximas de Darke, há um misto de perplexidade e indignação.
— Ele foi levado para Bangu 2, onde ficou dois dias, e agora está em Bangu 8. Está todo mundo muito bolado. Estou torcendo que seja um grande engano, pois nunca imaginei isso dele — diz um músico, próximo ao DJ, que preferiu não se identificar.
Darke tem 15 anos de carreira nas pistas de dança. Entre os produtores da noite carioca tem circulado um e-mail que procura explicar o que aconteceu com o DJ. Uma das especulações é a de que a denúncia tenha partido da namorada de Darke, que não foi encontrada pela nossa equipe. No processo judicial consta que a denúncia foi feita ao Ministério Público por uma pessoa do convívio dele. A juíza Georgia Vasconcellos da Cruz justifica a prisão preventiva ainda pela “necessidade de se assegurar que o indiciado não intimide pessoas do seu convívio que saibam dos fatos, como sua companheira, nem alertar àqueles que porventura pratiquem igual conduta”.
— O Darke seria a última pessoa que eu esperaria na vida que fizesse uma coisa dessas. Acho difícil ter sido a namorada quem denunciou — comenta outro amigo, sem revelar o nome.
O Globo
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