sábado, 27 de outubro de 2012

Criança agredida por babá pode ter sofrido fraturas na costela e clavícula


Delegado solicitou realização de exame de corpo de delito na criança.
Agressões foram registradas por câmeras em Cruz das Almas, na Bahia.


A criança agredida pela babá no município de Cruz das Almas, a cerca de 140 Km de Salvador, vai passar por exame de corpo de delito, de acordo com a polícia local. Segundo o delegado que investiga o caso, Fabrício Alencar, uma guia para a realização do exame foi expedida depois que o advogado da família informou que a criança sentiu incômodos no ombro, e pode ter sofrido fraturas na costela e na clavícula decorrentes das agressões.

O principal objetivo do exame não é constatar se a criança sofreu a fratura, mas se é possível identificar quando ela ocorreu, porque a babá saiu da casa da família há 15 dias, é preciso saber se a fratura é muito recente ou antiga, o ideal é que o médico indique a data que ela aconteceu", pontua o delegado.

A mulher de 26 anos trabalhava há dois meses em Cruz das Almas, na casa da mãe da criança, que não quer ser identificada. O menino ficava a maior parte do tempo com a babá, que inclusive dormia no emprego e não sabia que estava sendo filmada o tempo todo por quatro câmeras instaladas no interior da residência.

A polícia trabalha em uma análise mais minuciosa das imagens para identificar se a criança sofreu agressões graves. "A depender do que encontrarmos o crime vai se configurar como de maus-tratos, com menor potencial ofensivo, ou crime de tortura, que resulta em sofrimento mais intenso, em que os fatores psicológicos também são considerados", explica Alencar.


"A moça foi contratada no início de agosto, mas a mãe relata que notou alteração no filho no começo de setembro e só descobriu as agressões no início de outubro, porque embora sempre tivesse as câmeras, só parou para avaliar as imagens depois da mudança da criança. Temos no mínimo um mês e dez dias de imagens para analisar", completa.

O exame de corpo e de delito deve ser realizado no Instituto Médico Legal (IML) de Santo Antônio de Jesus.

Suspeita
A babá suspeita de cometer as agressões prestou depoimento na quarta-feira (24) à polícia e aguarda o andamento das investigações em liberdade. "Ela confessou a prática desse crime de maus-tratos alegando uma situação que ela estava sofrendo um abalo psicológico, em decorrência de uma doença sofrida pela mãe", afirma o delegado.

Alencar explica ainda que durante os 30 dias estipulados para a conclusão das investigações serão levantadas outras famílias para as quais a mulher já trabalhou na tentativa de descobrir se há casos anteriores de agressão contra crianças. "Ela não tem antecedentes criminais e demonstrou arrependimento durante o depoimento", pontua o delegado.

De acordo com a polícia, se for confirmado o crime de tortura, a pena é de até quatro anos de prisão. Já se o crime for de maus-tratos, a pena é de até um ano ou pagamento de multa.

Caso
A mãe da criança resolveu verificar as imagens depois de notar a mudança de comportamento do filho. O bebê passou a apresentar sinais de irritação e agressividade. Chorava com frequência, não dormia, nem se alimentava direito. “Quando eu chegava em casa, demais querendo ficar grudado em mim. Na alimentação do almoço, ele não queria mais sentar na cadeirinha de alimentação. No carrinho, não havia meios dele sentar ”, relatou a mãe do bebê.

As imagens foram gravadas nos dias 6 e 7 de outubro e mostram a babá sacudindo e jogando bruscamente o bebê no carrinho. Ela ainda ameaça bater na criança. E logo depois, chega a agredir o menino no rosto.

A filmagem mostra também a babá comendo o alimento da criança e usando a mesma colher para dar comida ao bebê. Em outro trecho da gravação, a suspeita dá um tapa na mão do garoto. Durante o banho, ela também bate na criança. E de novo ameaça bater enquanto troca a fralda. A mulher também põe o bebê para dormir no chão da sala e o deixa sozinho por mais de uma hora. Em outro momento, enquanto troca a roupa da criança, ela a joga com violência na cama.

"Eu não queria acreditar. Ainda consegui ficar... buscar dentro de mim uma força para não transparecer para ela [babá] que eu já estava sabendo de tudo. Eu demiti ela como se estivesse tudo bem, não desse certo", afimou a mãe da criança.

G1

Um comentário:

  1. Solta!!!!Desculpa esfarrapada a soltou? O que a criança tinha a ver com a doença da mãe da malvada?
    CADEIA JÀ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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