sábado, 24 de setembro de 2011

Namorado diz que professora baleada não se queixava de aluno


Internada na UTI, vítima conversou com o namorado na noite desta quinta.
Estudante de 10 anos disparou um tiro contra ela e depois se matou.


O namorado da professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, baleada quinta-feira (22) por um estudante de 10 anos em uma escola de São Caetano do Sul, ABC, disse que ela descreveu o autor do disparo como "um aluno exemplar, tranquilo, quieto, que tirava boas notas". O funcionário público Luiz Eduardo Hayakawa visitou a namorada na noite da quinta, logo após ela deixar o centro cirúrgico.

Rosileide estava, no fim da manhã desta sexta (23), na UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Na noite de quinta, ela passou por uma cirurgia para retirada do projétil, que ficou alojado na região da bacia. "Felizmente não acertou nenhum órgão", diz o namorado. "Ontem [quinta-feira], ela estava bem, tranquila, conversando", afirma.

Antes do encontro com a namorada, Hayakawa chegou a dar entrevistas dizendo que o aluno tinha mau comportamento. "Ela sempre reclamou de um Davi, e quando eu vi as notícias, achei que fosse ele [o aluno que se matou]. Mas quando eu disse que era Davi, ela ficou impressionada", relata Hayakawa, admitindo ter feito confusão com os nomes iguais.

O perfil relatado pelo namorado da professora é confirmado por colegas e vizinhos de Davi Mota Nogueira, que é descrito como uma criança muito tranquila, educada e quieta. Segundo vizinhos ouvidos pelo G1, ele era “na dele”, de poucos amigos, ficava mais em casa, saía praticamente só para ir para a escola e para a igreja com os pais.

"Ele era quieto, na dele", conta a estudante do 5º ano Beatriz dos Santos, de 10 anos, que fazia aulas de educação física com Davi - que estava no 4º ano. Sobre Rosileide, ela descreve: "Ela é chata com quem bagunça, mas era boa professora".

A vizinha Valderes Sanches, que mora no mesmo bloco que a família de Davi, em um prédio de São Caetano do Sul, diz que está em choque. “Era super educado, de uma educação raríssima, uma excelente criança. Não saía para brincar nas áreas do prédio, não tinha nada para falar de ruim dele. Era quietinho, de poucos amigos, só saía para ir para a igreja e para a escola. Nunca vi ele aqui embaixo solto".

Larissa Natalie Caetano da Silva, de 10 anos, que era colega de sala de Davi, confirma que ele era bom aluno. “Ele era quieto, sempre tirava nota boa. Era legal, engraçado, não era agressivo. Era bem normal. Fazia as lições direito, a professora nunca brigava com ele". Ela presenciou a agressão do aluno dentro da sala de aula: “Na hora que estourou, eu achei que fosse uma bomba. Não sabia que tinha atirado na professora, só vi ela cair. Depois ouvimos outro barulho, saíram e viram ele na escada".

G1

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