segunda-feira, 2 de abril de 2012

Brasil diz que só revogará exigências para turistas espanhóis se o país fizer o mesmo


Novas regras, que ampliam exigências para desembarque no País, valem a partir de hoje

O governo pode suspender a lista de novas exigências para a entrada de espanhóis no Brasil desde que o país europeu faça o mesmo em relação aos brasileiros que queiram ingressar em seu território.

Segundo a diretora do Departamento de Comunidades Brasileiras do Ministério das Relações Exteriores, Luiza Lopes da Silva, a decisão de revogar as medidas, adotadas nesta segunda-feira (2), está dentro do “princípio diplomático da reciprocidade”.

— Há quatro anos estamos tentando negociar com os espanhóis. A partir de agora, quaisquer medidas são definidas a partir da reciprocidade. Estamos, inclusive, abertos a voltar à estaca zero, como era antes: quando exigíamos apenas o passaporte do espanhol para entrar no Brasil.

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A diplomata disse que, em janeiro, as autoridades de Madri foram informadas sobre a decisão do governo brasileiro de fazer uma série de exigências para os espanhóis que queiram entrar no País.

— Não queremos que um espanhol seja inadmitido no Brasil por falta de informação. Por isso avisamos em janeiro, com várias semanas de antecedência, para que todos saibam exatamente o que devem fazer para vir para o Brasil.

Desembarcaram na madrugada de hoje, no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, os primeiros espanhóis submetidos às novas exigências. Na tentativa de evitar transtornos e dificuldades, os turistas e seus amigos buscaram cumprir todas as exigências.

A turismóloga brasileira Camila Shimamuri, que aguardava a chegada do noivo, a cunhada e uma amiga espanhóis, disse que providenciou todos os documentos exigidos pelas autoridades brasileiras.

O esforço de Camila foi recompensado, pois o noivo, o espanhol Juan Antonio Labari disse que conseguiu passar pela migração apresentando todos os documentos sem dificuldades. Segundo Labari, todo o procedimento ocorreu normalmente.

— Não foi diferente em nada das outras vezes. Pediram os documentos, passamos pelo raio X. Não me pediram a carta-convite nem me perguntaram nada. Não demorou muito, mas tinha muita fila. Passar na alfândega foi tranquilo. Agora é que vem o nervosismo.

Apesar do alívio do noivo, Camila disse que sua tranquilidade foi motivada pela precaução em buscar atender a todas as exigências do governo brasileiro.

— Como eles vão ficar [hospedados] em casa, fizemos as cartas-convites [para todos], que é uma das exigências a partir de agora.

A turismóloga relatou ainda que em várias ocasiões em que foi visitar o noivo na Espanha passou por dificuldades e apuros.

— [Na Espanha] me pediram a carta [-convite] e fizeram várias perguntas, mas liberaram.

Ao chegar da Grã-Bretanha via Espanha, a estudante e auxiliar de limpeza brasileira Patricia Armani disse não ter observado procedimento algum diferente em relação aos espanhóis que estavam no mesmo voo que ela.

— Acho que eles [alfândega] estão mais chatos, mas não percebi nada.

Para Patricia, a lei da reciprocidade deve ser adotada também em relação a outros países.

— Moro em Londres e, às vezes, é difícil para um brasileiro chegar lá. A sobrinha de uma amiga minha, por exemplo, foi barrada e não deram motivo aparente para isso. Isso não acontece só na Espanha. Acho que o Brasil deveria adotar a mesma medida com esses países que estão dificultando [a entrada de brasileiros], como a Inglaterra [Grã-Bretanha], por exemplo. O Brasil deve endurecer mesmo.

R7

2 comentários:

  1. Até já passou a hora de endurecer.
    Brasil país do entra quem quer, desde os tempos de Cabral.

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  2. é assim mesmo q deve ser feito: SOMOS BARRADOS NO BAILE? então ... VAMOS BARRAR TB ...

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